Exportadores de café lutam por mudanças em tarifas de exportação nos EUA, buscando isenção ou alíquota reduzida para impulsionar mercado

Exportadores de café pressionam EUA por novas alíquotas

Os exportadores de café do Brasil estão em negociações com os Estados Unidos para tentar diminuir a tarifa de 50% implementada pelo país norte-americano, que passou a vigorar nesta quarta-feira. O objetivo é alcançar a isenção total ou a exclusão da tarifa adicional de 40%.

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou que as negociações estão em andamento com diversas entidades americanas, como a National Coffee Association (NCA), empresas importadoras e redes de cafeterias. Além disso, o setor está mantendo o governo informado com dados e orientações sobre a produção de café no Brasil para que essas informações sejam repassadas aos parceiros dos EUA.

Segundo o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, os Estados Unidos são os maiores consumidores mundiais de café, absorvendo mais de 24 milhões de sacas por ano. Ele destaca que os EUA não produzem o café em escala suficiente para suprir a demanda interna.

Caso não seja possível obter a isenção total, a estratégia é que o café seja incluído na lista de produtos isentos da taxa adicional de 40%, passando a ser tributado apenas com a alíquota inicial de 10%, anunciada em abril.

Marcos Matos acredita que essa redução na tarifa colocaria o Brasil em uma posição favorável no comércio global, podendo competir em igualdade ou até mesmo em vantagem com os principais concorrentes que fornecem café para os Estados Unidos.

Diversificação de mercados e cenário futuro

A guerra comercial deflagrada pela administração Trump ressaltou a importância de diversificar os mercados de exportação. Países da Europa e da Ásia, como Índia e China, têm aumentado o consumo de café e poderiam se tornar alternativas importantes para o Brasil.

No entanto, mesmo com a habilitação de 183 empresas brasileiras para exportar café para a China, o diretor-geral do Cecafé destaca que essa ampliação de mercado não substituiria a importância dos Estados Unidos, que são os principais compradores de café brasileiro, representando 30% da oferta.

Embora o Brasil seja o maior produtor global de café e tenha capacidade para atender a demanda crescente de países asiáticos, como a China, não seria possível suprir imediatamente a perda do mercado norte-americano. Matos ressalta a relação de interdependência existente entre os Estados Unidos e o Brasil.

Dessa forma, as negociações em curso visam garantir condições mais favoráveis para os exportadores brasileiros no mercado norte-americano, buscando reduzir as tarifas e manter a competitividade do café brasileiro no cenário internacional.

Fonte: InfoMoney

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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