ANS questiona operadoras sobre ausência de planos individuais: o que elas têm a dizer?

ANS cobra explicações das operadoras sobre baixa oferta de planos individuais

Wadih Damous, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), está buscando soluções para a falta de planos de saúde individuais no mercado. Damous destaca que famílias estão sendo obrigadas a aderir a planos coletivos por falta de opção, o que gera insegurança devido à ausência de regras claras para reajustes e rescisões contratuais.

Damous ressalta que a estratégia das operadoras de contornar a regulação por MEIo da oferta limitada de planos individuais é prejudicial, uma vez que isso contribui para o envelhecimento das carteiras de clientes e a falta de renovação com novos usuários. Ele questiona se essa prática é benéfica para as operadoras, considerando que a aquisição de hospitais e laboratórios pelas empresas tende a extinguir os pequenos planos de saúde, reduzindo ainda mais a oferta no mercado.

Para resolver esse cenário, Damous enfatiza a necessidade de as operadoras explicarem de forma transparente as razões por trás da falta de comercialização de planos individuais. O diretor-presidente destaca que a alternativa encontrada pelas famílias, os chamados “falsos coletivos” (planos coletivos por adesão), acaba exigindo que os usuários abram empresas para terem acesso a um plano de saúde.

Além disso, Damous levanta a questão da livre negociação nos planos coletivos, evidenciando a assimetria de informação e poder entre as famílias e as grandes empresas do setor de saúde. Ele destaca a importância de se debater a regulação dos reajustes nos planos coletivos, ressaltando a necessidade de criar um ambiente favorável para o amplo debate sobre o tema.

Necessidade de ampliar a oferta de planos individuais

Damous aponta que, ao longo dos últimos dez anos, o mercado de planos de saúde tem se mantido estável, sem crescimento significativo no número de usuários. Diante desse cenário, o diretor-presidente enfatiza a importância de ampliar a cobertura de planos de saúde individuais para garantir a renovação das carteiras e a entrada de novos clientes no sistema.

Ele destaca a proposta de revisão técnica nos reajustes dos contratos individuais, como forma de equilibrar a situação e incentivar as operadoras a retomarem a oferta de planos individuais. Damous ressalta a importância de garantir contrapartidas que beneficiem tanto as empresas quanto os usuários, promovendo um ambiente de negociação mais equilibrado e transparente.

Fonte original: Exame

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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