Brasil opta por solidariedade em vez de retaliação após decisão dos EUA sobre tarifas

Governo brasileiro descarta retaliação aos EUA e foca em medidas de apoio a afetados por tarifa

O governo brasileiro decidiu temporariamente não retaliar diretamente a tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos do país. Em vez disso, o foco está em iniciativas para auxiliar as empresas mais afetadas pela medida, que entrou em vigor recentemente.

As isenções concedidas na ordem executiva de Donald Trump evitaram impactos significativos em alguns setores vulneráveis da economia brasileira, aliviando investidores e empresários. Por essa razão, o governo em Brasília optou por não provocar Trump com tarifas recíprocas ou retaliações, que poderiam ampliar as tensões bilaterais.

Medidas de apoio e possível retaliação

Negociações com os EUA devem ser complexas, levando o governo brasileiro a priorizar ações imediatas de apoio aos exportadores. Entre as possíveis medidas em estudo estão a concessão de linhas de crédito e outros mecanismos de financiamento à exportação.

Ainda que o governo esteja avaliando possíveis respostas às tarifas que afetariam empresas norte-americanas, essas medidas são consideradas como último recurso, caso as negociações não avancem. Tais contramedidas poderiam envolver a suspensão de pagamentos de royalties por patentes farmacêuticas e direitos autorais de mídia.

Histórico e ações anteriores

O Brasil cogitou no passado a implementação de um novo Imposto que atingiria grandes empresas de tecnologia dos EUA. No entanto, o plano foi arquivado para evitar atritos com Trump antes do anúncio das primeiras tarifas em abril, que foram menores do que o esperado devido ao superávit comercial dos EUA com o Brasil.

Apesar de especulações, as discussões sobre possíveis ações recíprocas perderam força, mesmo com o presidente Lula criticando as justificativas de Trump para o aumento das tarifas. A diplomacia paciente e a atuação de empresas norte-americanas em busca de alívio foram vistas como o caminho mais eficaz para influenciar as decisões em Washington.

Recurso à OMC e ações imediatas

O Brasil planeja formalizar uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas, embora o sistema de solução de controvérsias do órgão esteja paralisado desde o governo Trump. As medidas imediatas incluem ajustes para proteger os setores mais impactados pela tarifa, oferecendo alívio financeiro a empresas que já sofrem com cancelamentos de contratos.

Ministros brasileiros ressaltaram que o governo nunca mencionou a retaliação como forma de resposta às tarifas dos EUA, enfatizando a proteção da soberania, indústria e agronegócio do país. As medidas de alívio, que devem ser implementadas em breve, incluem linhas de crédito e ajustes nos mecanismos de financiamento à exportação.

Por Lisandra Paraguassu, Marcela Ayres e Bernardo Caram.

Fonte: CNN Brasil

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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