Expansão fiscal impulsiona ouro e Bitcoin, afirma Nord Investimentos
A expansão fiscal global pós-pandemia resultou em países se endividando cada vez mais, levando à desvalorização das moedas locais. Esse cenário tem favorecido a procura por ativos “reais”, como o ouro, que tem sido um porto seguro para investidores em MEIo à instabilidade econômica.
Segundo Caio Zylbersztajn, sócio da Nord Investimentos, a desvalorização das moedas fiduciárias devido aos altos gastos governamentais tem impulsionado o interesse pelo ouro como forma de proteção patrimonial. Além disso, a instabilidade geopolítica tem levado a um maior apetite por criptomoedas, especialmente aquelas que podem ser transferidas por blockchain, como o Bitcoin.
Ouro como proteção de patrimônio
O ouro tem se destacado nos últimos anos devido à expansão fiscal dos países após a pandemia, que resultou em um aumento significativo da dívida pública. Com as moedas locais perdendo valor em comparação com ativos reais, investidores e Bancos Centrais têm buscado no ouro uma forma de proteger seus patrimônios.
O aumento do risco geopolítico, evidenciado por eventos como a invasão da Ucrânia pela Rússia e o posterior congelamento de ativos russos, tem também impulsionado a busca por ativos seguros. A imunidade das criptomoedas a bloqueios financeiros, devido à sua tecnologia descentralizada, tem atraído a atenção de investidores em busca de segurança em tempos de incerteza.
Investimentos alternativos em destaque
O ouro e o Bitcoin são considerados investimentos alternativos dentro de uma carteira internacional diversificada, que também inclui renda fixa global e ações globais. A Nord Investimentos destaca a importância de equilibrar a exposição a esses ativos digitais, como o Bitcoin, a fim de garantir uma estratégia de investimento eficaz e rentável.
Segundo Renato Breia, sócio-fundador da Nord, a alocação em ativos digitais é limitada a 1% do patrimônio, com foco principal no Bitcoin. Essa abordagem busca oferecer segurança e potencial de crescimento aos investidores, sem comprometer a diversificação da carteira.
Valorização da alocação internacional
A Nord Investimentos ressalta a importância de uma alocação internacional mais expressiva nos portfólios dos investidores brasileiros como forma de reduzir a volatilidade e aumentar os retornos. A exposição a ativos globais oferece uma proteção cambial contra a inflação, especialmente em um contexto de instabilidade econômica e político.
Renato Breia destaca que a ausência de alocação internacional pode representar um alto risco para os investidores, sobretudo diante do cenário de incerteza que se aproxima com as eleições. Para perfis conservadores, a meta de alocação fora do país é de 10% a 15%, enquanto para clientes de alta renda, esse percentual pode chegar a 30% a 35%.
Em resumo, a expansão fiscal global e os riscos geopolíticos têm impulsionado a valorização de ativos como o ouro e o Bitcoin, tornando-os opções atrativas para investidores em busca de proteção e diversificação em suas carteiras de investimento. A Nord Investimentos destaca a importância de uma alocação internacional equilibrada para enfrentar os desafios do cenário econômico atual e garantir a segurança e rentabilidade dos investimentos.
Fonte: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.