Reforma Tributária: Setores Essenciais se Beneficiam com Redução de 60% em IBS e CBS

Redução de 60% no IBS/CBS: quem ganha e quem perde

A recente aprovação da Lei Complementar nº 214/2025, referente à Reforma Tributária do Consumo (EC 132/2023), traz novidades significativas que afetam diretamente empresas, profissionais de contabilidade e a arrecadação pública. Um dos pontos mais discutidos é a redução de 60% nas alíquotas do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para setores considerados essenciais ou estratégicos.

Quem se beneficia da redução?

Os setores beneficiados pela redução de 60% nas alíquotas são serviços essenciais, como saúde e educação, além de produtos como medicamentos, alimentos, higiene pessoal, insumos agropecuários e mais. A nova legislação prevê esse tratamento diferenciado para garantir neutralidade social e mitigar os impactos regressivos da tributação sobre o consumo.

Impacto da redução na prática

Com a redução de 60%, a alíquota efetiva do IBS e CBS passa a ser de 10% sobre a base de cálculo. Isso resulta em uma economia tributária significativa para o consumidor final, como exemplificado pela venda de medicamentos e mensalidades escolares. A medida também implica em mudanças contábeis, como a necessidade de criar rubricas específicas e ajustar sistemas de emissão de nota fiscal.

Quem ganha com a redução de 60%

Os consumidores finais terão acesso a serviços essenciais e bens de consumo a preços reduzidos. Setores beneficiados ganham em competitividade e previsibilidade de custos tributários. Pequenas e médias empresas desses segmentos podem repassar preços menores sem comprometer margens. Além disso, o sistema público de saúde e educação reduz custos indiretos em contratos terceirizados.

Quem pode perder ou enfrentar riscos

Enquanto os setores essenciais e beneficiados ganham com a redução, outros setores como comércio e serviços não essenciais podem perder competitividade mantendo alíquotas integrais. Empresas beneficiadas com margens altas correm o risco de não repassar integralmente o benefício aos consumidores, o que pode gerar judicialização e fiscalização. Administrações tributárias subnacionais, como estados e municípios, podem sofrer queda na arrecadação, pressionando a redistribuição de receitas.

Impactos contábeis e desafios futuros

A redução de 60% nas alíquotas do IBS e da CBS tem impactos nos planos de contas, gestão de créditos, controle de documentos fiscais e compliance tributário das empresas. Contadores, advogados tributaristas e consultores fiscais devem orientar seus clientes a ajustar seus sistemas para garantir conformidade e segurança jurídica. O equilíbrio entre neutralidade tributária, justiça fiscal e previsibilidade para as empresas será um desafio importante nos próximos anos.

Conclusão

A desoneração tributária promovida pela redução de 60% nas alíquotas do IBS e da CBS tem impactos significativos na economia, nas empresas e na arrecadação pública. Enquanto consumidores e setores essenciais se beneficiam, é fundamental monitorar os desafios e riscos que essa medida traz para diferentes segmentos da sociedade. A busca por equilíbrio entre benefícios sociais, competitividade setorial e estabilidade fiscal será essencial para o sucesso da reforma tributária em curso.

Fonte original: Jornal Contábil

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

AmdJus - Portal de contabilidade online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.