Presidente do Fed de St. Louis comenta sobre novos cortes de juros nos EUA
O presidente do Federal Reserve de St. Louis, Alberto Musalem, reiterou seu apoio ao recente corte na taxa de juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), realizado como medida preventiva para apoiar o mercado de trabalho e fortalecer a economia.
Em discurso na Brookings Institution, Musalem alertou que há pouco espaço para novas reduções sem que a política monetária se torne excessivamente acomodativa, defendendo cautela diante dos riscos inflacionários ainda presentes.
De acordo com Musalem, a política monetária atual está em um nível moderadamente restritivo e neutro, considerado adequado para o momento, com condições financeiras favoráveis. No entanto, ressaltou a importância de equilibrar os objetivos de controle da inflação e manutenção do emprego.
No “dot plot” divulgado pelo Fomc, a maioria dos membros prevê pelo menos mais dois cortes nas taxas ainda este ano, apesar de divergências internas. Musalem e outros dirigentes, como Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, demonstraram cautela e não apoiam novas reduções imediatas.
Musalem destacou que colocar excesso de peso em um objetivo em detrimento do outro pode levar a resultados indesejáveis, ressaltando a importância de balancear as políticas para evitar possíveis consequências negativas.
Com as incertezas sobre a economia em MEIo à pandemia global, a discussão sobre cortes de juros nos EUA permanece em evidência, com diferentes visões entre os membros do Federal Reserve.
A postura mais conservadora de alguns dirigentes, incluindo Musalem, demonstra a preocupação com o limite do espaço para novas reduções e os possíveis impactos de uma política monetária excessivamente expansionista.
A divergência de opiniões no Fomc reflete a complexidade do cenário econômico atual e a cautela necessária na implementação de medidas para estimular o crescimento sem comprometer a estabilidade financeira.
Diante desse contexto, as próximas decisões do Federal Reserve em relação à taxa de juros serão fundamentais para o direcionamento da política monetária nos EUA e para a busca do equilíbrio entre os objetivos econômicos em um ambiente de incertezas e desafios globais.
Fonte: Estadão
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