Governo anuncia medidas para combater tarifas dos EUA
O governo federal revelou nesta quarta-feira (13) um plano para mitigar os impactos das tarifas de 50% estabelecidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Uma das ações incluídas é a ampliação do benefício do Reintegra, que agora abrangerá todas as empresas exportadoras para os EUA.
Anteriormente destinado apenas a micro e pequenas empresas, o Reintegra passará a englobar também médias e grandes companhias. As micro e pequenas empresas terão o benefício dobrado, com uma devolução de 6% do valor exportado, enquanto as demais receberão 3%.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, destacou que as medidas visam garantir empregos, manter a produção e explorar novos mercados. A ampliação do Reintegra faz parte de um conjunto de ações anunciadas durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de outros representantes do governo e do setor produtivo.
Além do Reintegra, o plano inclui a prorrogação do regime de drawback por mais um ano, que suspende Impostos sobre insumos importados utilizados na produção de bens exportados. Também estão previstas linhas de crédito com juros reduzidos e prazos estendidos através do Banco do Brasil e BNDES, reforma no Fundo de Garantia à Exportação (FGE), compras governamentais e diferimento de Tributos.
O presidente Lula ressaltou que a prioridade é manter os empregos, apoiar os pequenos exportadores e buscar mercados alternativos. Além disso, o Brasil pretende recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e incentivar empresas a contestarem as tarifas nos Estados Unidos.
A tarifa americana entrou em vigor recentemente, afetando produtos brasileiros de setores estratégicos e resultando em queda nas vendas e cancelamento de contratos. O governo brasileiro argumenta que a medida é injustificada, especialmente considerando o crescente superávit comercial dos EUA em relação ao Brasil.
Fonte: CNN Brasil
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