Operação desmantela esquema fraudulento com mais de 300 CNPJs falsos criados por contador

Contador é Investigado por Criar Empresas Falsas em Golpes Online

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Domínio Fantasma, investigando um esquema de fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro envolvendo a criação de 310 empresas falsas. O principal suspeito é um contador, considerado o mentor da operação, que registrou os CNPJs entre 2020 e 2024. As empresas eram usadas para dar aparência legal a sites falsos de e-commerce, onde eram aplicados golpes virtuais em todo o país.

Após receber um alerta da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) sobre a criação massiva de empresas por um mesmo profissional, a investigação foi iniciada. Cerca de 80 empresas já estavam baixadas ou suspensas. As empresas de fachada eram abertas em nome de “laranjas” e tinham um endereço comercial em Cuiabá, onde mantinham apenas a formalidade documental.

O esquema utilizava os CNPJs falsos para registrar lojas virtuais de diversos segmentos, como brinquedos, roupas e cosméticos. Os produtos eram anunciados em plataformas digitais e em alguns casos, chegavam a clonar sites de marcas conhecidas. As vítimas, espalhadas pelo Brasil, realizavam compras e pagamentos, mas nunca recebiam os produtos, resultando em centenas de reclamações no portal “Reclame Aqui”.

O contador, apontado como o mentor do esquema, deve responder por associação criminosa, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e crimes contra as relações de consumo. Ele utilizava seus conhecimentos técnicos para ocultar rastreios financeiros e contábeis, transformando operações comerciais em lavagem de recursos ilícitos. A prisão preventiva do contador foi realizada, e dependendo do andamento da investigação, ele pode ser condenado a até 25 anos de prisão.

A operação Domínio Fantasma revela como um profissional da contabilidade pode ser fundamental em esquemas criminosos, destacando a importância da fiscalização e da atuação das autoridades para coibir práticas ilícitas no ambiente virtual. A criação massiva de empresas falsas demonstra a sofisticação de golpes online e a necessidade de medidas rigorosas para proteger os consumidores e o mercado como um todo. Se esse contador é realmente culpado, sua condenação servirá como exemplo e alerta para outros profissionais que possam se envolver em atividades similares.

A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso ainda está em andamento, e novas informações podem surgir sobre o esquema de fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. O contador, por sua vez, enfrentará as consequências de suas ações, podendo impactar não apenas sua carreira, mas também a reputação da classe contábil perante a sociedade. A transparência e ética na prática profissional são fundamentais para preservar a integridade do setor e garantir a confiança dos clientes e da população em geral.

Fonte: Receita Federal

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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