Nova isenção do IR continua prejudicando a classe média, alerta Unafisco

Classe média ainda penalizada com a nova isenção do Imposto de Renda

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional) destacou que a classe média brasileira ainda enfrenta desafios com a nova isenção do Imposto de Renda. O projeto de reforma aprovado pelo Congresso Nacional eleva a isenção para contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil, podendo beneficiar até 25 milhões de brasileiros a partir de 2026.

Apesar do avanço, a tabela do IR permanece congelada para rendas acima de R$ 7.350, o que representa, segundo a entidade, uma injustiça fiscal para profissionais com renda intermediária. A falta de correção completa da tabela é apontada como um dos principais desafios, resultando em uma tributação desigual para quem ganha acima desse valor.

Avanços e limitações da reforma

A Unafisco destacou que a reforma do IR representa um avanço social e econômico, reduzindo a carga sobre as famílias de baixa renda e injetando mais recursos no consumo interno. No entanto, a associação ressalta que a medida corrige apenas parcialmente as distorções históricas do sistema tributário no país.

O presidente da entidade, Mauro Silva, enfatizou a importância de garantir uma atualização integral da tabela do IRPF de forma progressiva e permanente, visando promover justiça fiscal e valorização do trabalho assalariado. A Unafisco continuará buscando avanços nas próximas etapas da reforma, com o objetivo de assegurar equidade e progressividade no sistema tributário.

Mudanças práticas com a nova tabela do IR

Com a nova tabela do Imposto de Renda, a isenção se estende para rendas de até R$ 5.000, enquanto contribuintes com renda entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 terão descontos parciais e cobranças reduzidas. Já para rendas acima de R$ 7.350, a tributação seguirá conforme a tabela tradicional.

Além disso, o texto da reforma cria um Imposto Mínimo de 10% sobre rendimentos tributáveis a partir de R$ 1,2 milhão por ano, com implementação prevista para 2026. A medida terá uma cobrança escalonada para rendas superiores a R$ 600 mil anuais, impactando cerca de 140 mil contribuintes, de acordo com estimativas da Receita Federal.

Conclusão

A reforma do Imposto de Renda representa um avanço importante ao elevar a isenção para rendas mais baixas, porém a classe média segue enfrentando desafios relacionados à falta de correção integral da tabela do IR. A Unafisco Nacional destaca a necessidade de avançar nas próximas etapas da reforma, promovendo equidade e progressividade no sistema tributário brasileiro para garantir justiça fiscal.

Fonte: Jornal Contábil

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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