Projeção do IPCA está abaixo do teto da meta
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17) trouxe a projeção da inflação para 2025 abaixo do teto da meta, indo de 4,55% para 4,46%. A meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, colocando o teto em 4,50%.
Recuo na projeção do câmbio e estabilidade no PIB e na Selic
Além disso, o Boletim Focus apontou um recuo na projeção do câmbio, que passou de R$ 5,41 para R$ 5,40. As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) se mantiveram em 2,16%, assim como para a taxa de juros Selic, que deve fechar o ano em 15%.
Possível corte de juros em janeiro
Os dados reforçam a hipótese de que o Banco Central pode iniciar o ciclo de corte de juros já em janeiro de 2026, em vez de março, uma vez que as projeções indicam espaço para isso.
Índice de Atividade Econômica mostra desaceleração
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira, teve uma variação de -0,24% em setembro, indicando uma desaceleração gradual da economia, o que também contribui para a possibilidade de corte de juros.
Confiança no controle da inflação
O mercado financeiro, representado por mais de 100 instituições financeiras consultadas para o Boletim Focus, está ancorando suas expectativas no controle da inflação e nas projeções futuras, o que indica confiança no Banco Central.
Projeções para 2026 e 2027
As projeções para 2026 e 2027 mostram que o mercado confia na capacidade do Banco Central de manter a inflação ancorada. Isso reduz a volatilidade e dá previsibilidade ao cenário econômico.
Estabilidade das projeções
A estabilidade das projeções até 2027, algo raro em economias emergentes, revela a confiança na condução monetária do Banco Central e impacta positivamente estratégias de crédito, precificação e tomada de risco das empresas.
Previsibilidade para os investimentos
Com a confiança de que o Banco Central cumprirá sua meta de controlar a inflação, o mercado financeiro pode ter maior previsibilidade para os investimentos. Isso influencia estratégias de crédito, precificação e tomada de risco das empresas.
Condições mais favoráveis para oferta de crédito
Caso a inflação de médio prazo permaneça sob controle, bancos e financeiras tendem a ofertar crédito com condições mais claras. Contratos de longo prazo se tornam menos arriscados e empresas industriais podem ajustar preços e contratos futuros com menos prêmio de risco.
Fonte: Valor Econômico
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