O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, teve alta de 0,33% em julho, acima do esperado. Em junho, o índice havia registrado aumento de 0,26%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 atingiu 5,30%, ligeiramente acima dos 5,27% do período anterior.
O grupo que mais influenciou o índice geral foi o de Habitação, com variação de 0,98% e contribuição de 0,15 ponto percentual. Destaque para o aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial, tendo um impacto significativo na composição do IPCA-15 de julho.
O grupo de Transportes teve alta de 0,67%, impulsionado principalmente pelas passagens aéreas (19,86%) e pelo transporte por aplicativo (14,55%). No entanto, os combustíveis registraram queda de 0,57% no mês. Já a alimentação apresentou queda de 0,06% devido, especialmente, à redução nos preços de produtos como batata-inglesa, cebola e arroz.
Entre as regiões, Belo Horizonte registrou a maior alta, influenciada pelos preços de energia e gasolina. Por outro lado, Goiânia teve queda de 0,05%, com destaque para a redução nos preços dos combustíveis.
Os reajustes tarifários em diversas capitais contribuíram para o avanço no grupo de Habitação. Em cidades como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, os aumentos foram significativos. No entanto, uma concessionária no Rio de Janeiro apresentou redução na tarifa.
A alta mensal do IPCA-15 em julho superou as expectativas do mercado, ficando ligeiramente acima do que era esperado. A variação nos preços da energia elétrica residencial foi um dos principais fatores que influenciaram o índice, assim como as oscilações nos setores de Transportes, Alimentação e Habitação.
Com a aceleração da inflação em julho, o IPCA-15 atingiu o patamar de 5,30% nos últimos 12 meses. Os diferentes aumentos e quedas de preços em diversos setores e regiões do país evidenciam a complexidade e a variação dos índices de inflação, o que pode impactar diretamente o bolso do consumidor e influenciar as políticas econômicas do governo.
Fonte original: Valor Econômico
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
