Inflação sobe menos que o previsto em setembro, mas energia elétrica continua como destaque negativo

IPCA sobe 0,48% em setembro, abaixo do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,48% em setembro, após deflação de 0,11% em agosto, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA atingiu 5,17%, ligeiramente abaixo das projeções dos analistas, que esperavam alta de 0,52% no mês e 5,22% nos últimos 12 meses.

A energia elétrica residencial foi a principal responsável pela pressão inflacionária, apresentando um aumento de 10,31% em setembro. Esse aumento contribuiu com 0,41 ponto percentual para o IPCA, devido ao fim do Bônus de Itaipu e à manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2.

Impacto da energia elétrica no grupo Habitação

O grupo Habitação teve o maior destaque, com uma alta de 2,97% em setembro, sendo a maior variação entre os nove grupos analisados pelo IBGE. A alta da energia elétrica contribuiu com 0,45 ponto percentual no índice geral, representando o maior avanço para o grupo em meses de setembro desde 1995. No acumulado do ano, a energia elétrica apresenta uma alta de 16,42%, com impacto de 0,63 ponto percentual no IPCA. Em 12 meses, o aumento chega a 10,64%.

Variação nos demais grupos

Outros grupos também apresentaram variações: Despesas pessoais subiram 0,51%, puxadas por pacotes turísticos e itens de lazer, enquanto Transportes tiveram uma variação de 0,01%, com leve recuperação dos combustíveis. Destaque para o etanol, que subiu 2,25%, e a gasolina, com aumento de 0,75%.

Queda nos preços de Alimentação e bebidas

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas caiu 0,26% em setembro, registrando a quarta queda consecutiva. Destacam-se os recuos nos preços de tomate, cebola, alho e arroz. A alimentação fora do domicílio também desacelerou, passando de 0,50% em agosto para 0,11% em setembro.

Desempenho regional e desaceleração nos serviços

Em relação aos serviços, o IPCA desacelerou de 0,39% em agosto para 0,13% em setembro, enquanto os preços monitorados pelo governo subiram 1,87%, impulsionados pela energia e pela gasolina. No recorte regional, São Luís registrou a maior variação (1,02%), devido ao aumento expressivo da energia elétrica, enquanto Salvador teve o menor índice (0,17%), influenciado pelas quedas nos preços do tomate e do seguro de veículos.

INPC e impacto nos produtos não alimentícios

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda mais baixa, subiu 0,52% em setembro, com um acumulado de 5,10% em 12 meses. O maior impacto veio dos produtos não alimentícios, que apresentaram alta de 0,80%.

Em resumo, o IPCA de setembro ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, com a energia elétrica exercendo forte pressão sobre a inflação. Os aumentos nos preços de energia e dos combustíveis contribuíram para a alta dos índices, enquanto o setor de Alimentação e bebidas apresentou quedas significativas, influenciando no resultado final da inflação. No entanto, o índice de difusão mostrou que, excluindo a energia elétrica, a inflação no mês teria sido bem mais modesta, evidenciando a importância desse item na composição do índice de preços.

Fonte: InfoMoney

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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