Taxa de desemprego no Brasil atinge o menor patamar da série histórica
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no país se manteve em 5,6% nos três meses até agosto, repetindo o índice registrado no trimestre anterior e mantendo-se como o menor da série histórica, iniciada em 2012.
Comparando com o período imediatamente anterior, a taxa apresentou queda, passando de 6,2% para os atuais 5,6%. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 6,6% para 5,6%.
Mercado de trabalho e economia brasileira
Apesar da desaceleração gradual da atividade econômica, o mercado de trabalho no Brasil tem se mostrado forte e resiliente ao longo deste ano. Essa resiliência tem chamado a atenção do Banco Central, que mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15%, enfatizando a necessidade de cautela diante do cenário incerto.
O destaque vai para o aumento da renda e do emprego, que têm contribuído para sustentar a economia por MEIo do consumo das famílias. Contudo, essa força do mercado de trabalho também apresenta desafios, como o controle da inflação, especialmente nos serviços.
Dados sobre desemprego e ocupação
No trimestre até agosto, o número de desempregados no Brasil caiu 9,0% em relação ao trimestre até maio, atingindo a marca de 6,084 milhões de pessoas, o menor contingente da série e representando uma queda de 14,6% em comparação com o mesmo período de 2024.
Já o total de ocupados aumentou 0,5% em relação ao trimestre anterior, alcançando 102,418 milhões de empregados, uma alta de 1,8% em comparação com o ano anterior.
Perfil das contratações e setor público
O aumento no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 0,4% nos três meses até agosto, atingindo um recorde de 39,118 milhões de pessoas. Por outro lado, os trabalhadores sem carteira tiveram um aumento de 0,5%.
Segundo o analista William Kratochwill, a queda na desocupação está relacionada ao setor de educação pública, que realiza contratações ao longo do primeiro semestre, principalmente de trabalhadores sem carteira e com contratos temporários.
Conclusão
A taxa de desemprego no Brasil se mantém em 5,6%, o menor índice da série histórica. O mercado de trabalho mostra-se resiliente, mesmo diante da desaceleração econômica, o que demanda cautela do Banco Central. A queda no desemprego, o aumento da ocupação e a renda média real em alta são indicativos positivos para a economia brasileira, apesar dos desafios no controle da inflação.
Fonte original: Valor Econômico
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
