Brasil deve retomar exportação de petróleo para os EUA
O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) indicou que as companhias do setor petrolífero brasileiro estão se preparando para retomar as exportações de petróleo para os Estados Unidos. Isso ocorre após a notícia de que o produto será isento das tarifas de 50% anunciadas recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
As empresas petrolíferas haviam optado por armazenar petróleo em plataformas de produção ou em navios próprios devido às incertezas em relação às tarifas. No entanto, com o decreto dos EUA, várias exportações brasileiras importantes ficaram isentas das tarifas, incluindo o petróleo e derivados.
Segundo o IBP, o petróleo é o principal produto da pauta de exportação do Brasil para os EUA. Antes das últimas decisões tarifárias, o produto já estava isento de uma tarifa de 10% que havia sido aplicada anteriormente.
O presidente do IBP, Roberto Ardenghy, ressaltou que o setor de petróleo é muito específico e colocar tarifas sobre esses produtos resultaria em prejuízos para ambas as partes. Ardenghy ainda explicou que o tempo estimado para uma carga de petróleo sair do Brasil e chegar aos portos americanos é de aproximadamente 21 dias.
Em 2024, o Brasil exportou em média 1,78 milhão de barris por dia, dos quais 243 mil bpd foram destinados aos EUA. As vendas de petróleo brasileiro para o exterior totalizaram US$ 44,96 bilhões, com US$ 5,83 bilhões direcionados aos Estados Unidos.
A Petrobras, maior empresa produtora de petróleo do Brasil, teve uma exposição menor aos impactos das tarifas, representando 8% de suas exportações no segundo trimestre. A empresa demonstrou flexibilidade para redirecionar suas exportações caso necessário.
Especialistas afirmam que o Brasil possui recursos logísticos e comerciais para garantir a competitividade de seu petróleo no mercado internacional, mesmo diante de possíveis mudanças nas tarifas aplicadas pelos EUA. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já havia sinalizado a possibilidade de redirecionar as exportações para outros mercados, como Ásia e Ásia-Pacífico.
Fonte: CNN Brasil
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
