Onda de ataques hackers assola o setor financeiro brasileiro
Um novo ataque hacker foi registrado nesta terça-feira (2), desta vez atingindo a fintech Monbank. Este é o terceiro incidente do tipo no setor financeiro brasileiro a se tornar público em dois meses, sendo o segundo em menos de uma semana. Segundo informações da empresa, os hackers conseguiram desviar inicialmente R$ 4,9 milhões, porém, até o momento, cerca de R$ 4,7 milhões já foram recuperados. Os R$ 200 mil restantes estão sendo rastreados e bloqueados em colaboração com as instituições financeiras envolvidas.
É importante ressaltar que nenhum cliente do Monbank foi diretamente prejudicado, visto que os recursos desviados vieram da conta de reserva da instituição. Até o momento, não foi identificado nenhum vazamento de dados ou prejuízo à base de clientes. O ataque teria sido inicialmente direcionado para o sistema do Pix, sem sucesso, sendo então redirecionado para o sistema de mensageria de transferências TED da Monbank.
Como medida de segurança, o banco suspendeu temporariamente os ambientes SPI e SPB (PIX e TED) com o intuito de evitar novos ataques e preservar evidências para as investigações em curso. O caso já está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Banco Central, em busca de identificar os responsáveis e prevenir futuros eventos semelhantes.
Onda de ataques no setor financeiro preocupa autoridades
No cenário recente de ataques hackers no setor financeiro, destaca-se o recente incidente envolvendo a Sinqia, empresa responsável pela ligação tecnológica entre a rede do Banco Central e diversas instituições financeiras. Nesse caso, cerca de R$ 710 milhões foram desviados do Pix, com valores bloqueados pelo Banco Central em uma operação que já recuperou 83% do montante desviado. O ataque à Sinqia ocorreu pouco tempo após outra ação de grandes proporções em julho, onde hackers desviaram quase R$ 1 bilhão explorando vulnerabilidades da C&M Software, provedora de serviços tecnológicos utilizada por bancos e corretoras.
O ambiente de ataques cibernéticos tem gerado alerta no setor financeiro, com instituições buscando reforçar suas medidas de segurança e prevenção. A Monbank é uma das vítimas mais recentes desse cenário, demonstrando a crescente sofisticação e frequência dos ataques hackers no Brasil. As autoridades competentes, como a Polícia Federal e o Banco Central, têm intensificado as investigações para identificar e responsabilizar os envolvidos nestes crimes virtuais, visando proteger a integridade do sistema financeiro nacional e dos clientes das instituições afetadas.
Diante da gravidade e recorrência dos ataques, as empresas do setor estão sendo instadas a reforçar suas defesas cibernéticas, investindo em tecnologias e práticas de segurança da informação mais robustas e eficazes. A colaboração entre as instituições financeiras e os órgãos reguladores é fundamental para enfrentar essa ameaça crescente e proteger a estabilidade e confiabilidade do sistema financeiro como um todo. A vigilância constante e ação pró-ativa são essenciais para mitigar os riscos e garantir a segurança das transações financeiras no país.
Fonte: Valor Econômico
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