Brasil busca isenção de tarifa de 50% para exportação de café aos EUA, revela reportagem

Brasil negocia com EUA para isentar café de tarifas

O governo brasileiro mantém expectativas em relação à inclusão do café em uma possível lista global de exceções às tarifas de importação anunciadas pelos Estados Unidos. A sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, oficializada recentemente, não exclui o café, que permanece entre os itens tarifados ao lado de carnes e pescados.

As negociações, lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, buscam inserir o café nessa potencial lista de exceções. A esperança de mudança surge após o secretário de Comércio dos EUA mencionar que “recursos naturais” importados de diferentes países poderiam ser isentos das novas tarifas, incluindo diretamente o café. Essa medida também beneficiaria produtos como manga, cacau e abacaxi, que não são produzidos nos EUA.

O café é o principal produto brasileiro exportado para os EUA, representando aproximadamente 33% do consumo americano. Nos primeiros meses deste ano, 17% de todo o café exportado pelo Brasil teve como destino o mercado americano. Entre janeiro e maio de 2025, foram embarcadas 3,3 milhões de sacas para os EUA, de um total de mais de 8 milhões exportadas em 2024.

Embora boa parte da produção de café possa ser redirecionada para outros países ou triangulada na cadeia global para chegar aos EUA sem tarifas, esse processo demanda tempo. Por essa razão, a inclusão do café na lista de exceções é desejada para facilitar a entrada do produto no mercado americano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforça que o Brasil não pretende retaliar os EUA e destaca a possibilidade de fortalecer os laços entre os dois países de maneira benéfica para ambas as partes. As negociações continuam em andamento para buscar soluções que atendam aos interesses mútuos.

A entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros está programada para o dia 6 de agosto. Aproximadamente 45% das exportações brasileiras ficarão isentas desse aumento, sendo sujeitas à alíquota de 10% designada como “tarifa recíproca” pelos EUA. Essa medida impacta diretamente as relações comerciais entre os dois países, afetando a economia e o setor agropecuário brasileiro.

Portanto, as negociações entre Brasil e EUA quanto à exclusão do café das tarifas de importação continuam sendo acompanhadas de perto por diversos setores. O desfecho dessas conversas poderá representar um alívio para os produtores de café e demais setores afetados pela imposição das tarifas pelo governo americano.

Fonte: Valor Econômico

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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