Desemprego despenca e atinge novo recorde, desafiando expectativas

Taxa de desemprego volta a cair e desafia limite mínimo histórico

Os dados divulgados pelo IBGE revelaram que a taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,4% no trimestre encerrado em outubro, desafiando o limite mínimo histórico. Apesar disso, houve recuo no emprego total, com queda de 0,2% na força de trabalho. A taxa de participação também apresentou redução, passando de 62,2% para 62%.

Sinais de desaceleração no mercado de trabalho

A análise dos dados do Caged, que apontou menor criação de vagas em outubro, juntamente com os números da PNAD, indicam uma perda de fôlego no mercado de trabalho e sinais de desaceleração. A média móvel dos últimos três meses captada pela PNAD pode refletir a lentidão em acompanhar a situação econômica.

Especialistas apontam cenário de mercado de trabalho apertado

Economistas como Rodolfo Margato, da XP, destacam que a taxa de desemprego permanece historicamente baixa, mesmo diante da gradual desaceleração da demanda interna e da escassez de mão de obra. Já o banco Itaú sinaliza sinais incipientes de perda de fôlego no mercado de trabalho, com queda no emprego formal nos últimos meses.

Taxa de subutilização e informalidade permanecem estáveis

Apesar da queda na taxa de desemprego, a subutilização mantém-se em 13,9% e a informalidade em 37,8% da população ocupada, indicando uma estabilização e a perda de intensidade no mercado de trabalho. Ainda há incertezas sobre a retomada econômica.

Queda na taxa de participação

A taxa de participação, que mede o percentual de pessoas em idade de trabalhar empregadas ou procurando ocupação, registrou uma queda significativa, recuando de 62,5% para 61,9% desde julho. Este é o menor nível desde dezembro de 2023 e fica abaixo dos índices pré-pandemia, de 63,5%.

Setor privado sem carteira assinada lidera redução na população ocupada

O Bradesco aponta que a população ocupada teve queda pelo terceiro mês seguido, com redução em todas as categorias de trabalho, exceto no setor público. O setor privado sem carteira assinada lidera a diminuição, refletindo um cenário de desafios no mercado de trabalho.

Rendimentos em alta para atrair e manter mão de obra

Em MEIo ao mercado de trabalho apertado, os rendimentos médios continuam em trajetória de crescimento. De acordo com o Bradesco, os rendimentos aumentaram 0,4% de setembro para outubro, chegando a aproximadamente R$ 3.525 por mês. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 3,9%.

Projeções para o mercado de trabalho

Especialistas projetam que a taxa de desemprego deve se estabilizar e apresentar leve alta nas próximas leituras, com média anual em torno de 6%. A XP estima um crescimento de 2% na população ocupada em 2025, com a taxa de desemprego fechando o ano em 5,9%. Já a renda real disponível das famílias deve aumentar 5,2% no ano.

Mercado de trabalho forte desafia controle da inflação

O C6 Bank alerta que o mercado de trabalho aquecido representa um desafio para o controle da inflação, especialmente de serviços. A instituição projeta um ciclo de corte de juros a partir de março de 2026, enquanto outras casas apostam em redução em janeiro e juros em 12% ao final do próximo ano.

Em um cenário de sinais de desaceleração no mercado de trabalho, a economia brasileira enfrenta desafios para manter o equilíbrio e estimular a retomada do crescimento de forma sustentável. As projeções indicam uma fase de transição e ajustes que podem impactar diversos setores e exigir políticas públicas eficazes.

Fonte original: InfoMoney

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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