Contas externas apontam déficit de US$ 5,1 bi em outubro
Segundo dados divulgados pelo Banco Central, as contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 5,1 bilhões no mês de outubro. Esse valor representa uma melhora de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale ressaltar que as expectativas apontavam para um saldo negativo de US$ 4,8 bilhões.
Balança comercial impulsiona resultado positivo
O desempenho das exportações e importações de bens foi essencial para impedir um déficit maior nas contas externas. A balança comercial obteve um superávit de US$ 6,2 bilhões, praticamente dobrando o resultado de outubro de 2024. Com as exportações somando US$ 32,1 bilhões (+8,9%) e as importações chegando a US$ 25,9 bilhões (-1,3%), o equilíbrio comercial contribuiu positivamente para o cenário.
Serviços mantêm déficit, com destaque para turismo e tecnologia
No tocante aos serviços, a conta permaneceu deficitária em US$ 4,4 bilhões, mantendo o mesmo nível do ano anterior. Em MEIo a esse cenário, alguns aspectos pioraram, como o déficit em viagens internacionais e serviços de propriedade intelectual. Por outro lado, o transporte apresentou uma redução de 18,5% no déficit.
Déficit de renda se destaca pelos pagamentos de juros e dividendos
A conta de renda primária foi a que mais impactou negativamente nas contas externas, totalizando um déficit de US$ 7,4 bilhões. Esse valor representa um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo influenciado principalmente pelos juros pagos ao exterior e pelos lucros e dividendos enviados por empresas estrangeiras.
Investimento estrangeiro direto apresenta crescimento
Os investimentos diretos no país somaram US$ 10,9 bilhões em outubro, superando os valores de 2024. Dessa forma, o Brasil recebeu investimentos tanto em capital quanto em operações intercompanhia, totalizando US$ 80,1 bilhões em 12 meses.
Reservas internacionais e revisão metodológica
As reservas internacionais do Brasil encerraram outubro em US$ 357,1 bilhões, com um acréscimo de US$ 521 milhões em relação ao mês anterior. Esse aumento se deve, em grande parte, às receitas de juros e aos ganhos de preços. Além disso, o Banco Central anunciou uma revisão metodológica para separar os tipos de criptoativos, seguindo as diretrizes do Fundo Monetário Internacional. Essa mudança não afeta os valores totais transacionados, apenas a forma de registro das operações.
Diante desse cenário, a economia brasileira enfrenta desafios e oportunidades no cenário internacional, com a balança comercial e o investimento estrangeiro direto desempenhando um papel fundamental na busca por equilíbrio nas contas externas do país.
Fonte: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
