The Economist argumenta: por que é preciso conter a elevação do salário mínimo pelos governos

The Economist alerta sobre os impactos do aumento do salário mínimo

A revista britânica The Economist destaca em sua última edição que o aumento do salário mínimo pode gerar impactos negativos não imediatamente perceptíveis nas estatísticas de emprego. Embora seja uma medida popular entre os políticos, com baixo custo para os cofres públicos e apelo eleitoral, a publicação aponta que há consequências preocupantes nessa estratégia.

# Efeitos colaterais gradualmente perceptíveis

Estudos indicavam que aumentos moderados no salário mínimo não resultavam na destruição de empregos, contrariando preocupações iniciais da teoria econômica. No entanto, novas pesquisas mostram que os impactos podem ser graduais. Por exemplo, em Seattle, após o aumento do valor mínimo, as contratações caíram em 10%.

# Degradação dos empregos e risco de excesso de confiança

Além disso, os empregos podem se degradar com jornadas mais curtas, menos previsíveis, aumento de acidentes e redução de benefícios, resultando das tentativas das empresas de cortar custos para lidar com salários maiores. Outro risco apontado é o de excesso de confiança: aumentos agressivos tendem a eliminar vagas, assim como Impostos muito altos reduzem a arrecadação.

# Salário mínimo: uma ferramenta ineficiente de redistribuição de renda

A publicação ressalta que o salário mínimo não é uma ferramenta eficiente para redistribuir renda, pois muitos beneficiados não são classificados como pobres. Além disso, o repasse dos custos para os preços acaba penalizando os mais vulneráveis. Em um cenário de inflação e crise de acessibilidade, aumentos sucessivos podem criar um ciclo vicioso onde salários sobem, preços disparam e a vida se torna mais cara, inclusive para aqueles que deveriam ser beneficiados.

# Alternativas propostas pela The Economist

Como alternativa mais eficaz, a The Economist sugere a implementação de créditos fiscais direcionados aos trabalhadores de baixa renda, financiados por MEIo de Impostos que estimulem o crescimento econômico. Essas medidas são consideradas menos danosas à economia e mais eficazes no combate à pobreza. Após uma década de aumentos agressivos, a recomendação da publicação é clara: não é o momento de elevar ainda mais o salário mínimo, mas sim de interromper essa prática.

Diante das evidências apresentadas, a discussão sobre os efeitos do aumento do salário mínimo ganha mais destaque e levanta questionamentos sobre a eficácia e os impactos a longo prazo dessa medida. A busca por políticas mais eficientes e menos prejudiciais à economia e à população de baixa renda torna-se essencial para o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades sociais.

Fonte: Estadão

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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