Copom mantém Selic em 15% e reforça cautela diante de tarifas dos EUA e inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pela manutenção da taxa Selic em 15%, destacando a importância da cautela diante das incertezas causadas pelas tarifas de 50% dos Estados Unidos contra o Brasil. Economistas analisam a decisão e ressaltam a possibilidade de corte dos juros no futuro, apesar de o comitê não descartar a elevação das taxas se o cenário externo pressionar a inflação local.
Segundo especialistas, a aplicação das tarifas norte-americanas ao Brasil reforça a necessidade de prudência e incerteza futura. O mercado aquecido e a expectativa de inflação descontrolada também influenciaram a escolha do Copom em manter a Selic inalterada. Além disso, a situação fiscal do país segue preocupando as autoridades monetárias, que defendem uma política fiscal crível por parte do Ministério da Fazenda.
Horizonte estendido e projeções
O horizonte relevante de política monetária foi estendido até o primeiro trimestre de 2027, com projeções indicando um IPCA de 3,4% no cenário de referência. As expectativas para as próximas reuniões apontam para a manutenção da Selic em 15%, com possibilidade de início de cortes no início do próximo ano, dependendo da evolução da inflação e da atividade econômica.
Economistas apontam que o ciclo de queda dos juros pode começar em dezembro, com um corte de 0,25%. Contudo, ressaltam que a política contracionista pode se prolongar em cenários de aumento de gastos e expansão do orçamento em 2026. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) destaca a importância de conciliar o controle da inflação com o estímulo ao crescimento e à competitividade da indústria nacional.
Conclusão
Diante do cenário de incertezas provocadas pelas tarifas dos EUA e da inflação descontrolada, a manutenção da taxa Selic em 15% pelo Copom reforça a necessidade de cautela e prudência. Os próximos passos da política monetária brasileira são aguardados com expectativa, com projeções apontando para um possível início de cortes nos juros no final deste ano ou início de 2026. A atenção ao cenário internacional e interno permanece como um fator determinante nas futuras decisões do Banco Central.
Fonte original: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.