Impostos sobre lucro das empresas impulsionam arrecadação em julho
A arrecadação tributária de julho de 2025 teve um desempenho recorde, impulsionada pelo recolhimento dos Tributos sobre o lucro das empresas. De acordo com a Receita Federal, o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) tiveram um aumento real de 8,58% em comparação com o mesmo mês de 2024, totalizando um acréscimo de R$ 4,6 bilhões aos cofres do governo.
Setores financeiro, mineração e petróleo se destacam
A arrecadação excepcional de julho foi impulsionada por empresas dos setores financeiro, mineração e petróleo, que contribuíram com um total de R$ 3 bilhões acima do esperado. Mesmo sem esses valores extraordinários, o crescimento real das receitas administradas foi de 4,87%, um aumento significativo em relação aos 5,75% registrados antes do ajuste.
Crescimento em diferentes modalidades de arrecadação
Na modalidade mensal, predominante para grandes empresas, a arrecadação cresceu 20,6% em termos reais, evidenciando a melhora na lucratividade das companhias. Já no regime de lucro presumido, apurado trimestralmente, o aumento real foi de 8,21%, consolidando o crescimento do setor empresarial como um todo.
Fatores que impulsionaram o resultado positivo
O desempenho expressivo da arrecadação foi especialmente destacado em três segmentos-chave:
– **Setor financeiro:** com recolhimentos acima do esperado
– **Mineração:** impulsionado pelo desempenho positivo das exportações
– **Petróleo:** com alta influenciada pela valorização das commodities
Esses setores foram determinantes para elevar a arrecadação tributária, em consonância com as variações do mercado e os preços internacionais.
Efeito da postergação de Tributos no Rio Grande do Sul
O coordenador de previsão e análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, ressaltou que a base de comparação de julho de 2024 foi artificialmente elevada em razão da postergação dos Tributos de maio e junho no Rio Grande do Sul, impactando os números daquele período. Apesar dessa comparação desfavorável, a arrecadação de julho de 2025 manteve um crescimento real, evidenciando a resiliência da base tributária.
Outros Tributos também contribuíram para o resultado
O desempenho positivo da Contribuição Previdenciária e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF-Trabalho) foi atribuído ao crescimento da massa salarial. Além disso, os resultados de PIS/Cofins acompanharam os indicadores de consumo, demonstrando a estreita relação entre a dinâmica da demanda interna e o recolhimento desses Tributos sobre bens e serviços.
Importância para a política fiscal
O crescimento da arrecadação em julho reforça a tendência de recuperação das receitas administradas pela Receita Federal. A melhora no recolhimento do IRPJ e da CSLL, somada ao bom desempenho de Tributos ligados ao trabalho e ao consumo, contribui para a estratégia do governo federal de equilibrar as contas públicas sem depender exclusivamente de aumento de alíquotas.
A expectativa é que a arrecadação tributária continue em alta nos próximos meses, especialmente com a expansão da base de fiscalização, a digitalização dos sistemas de controle e a retomada gradual de setores estratégicos da economia.
Conclusão
O resultado recorde da arrecadação tributária de julho de 2025 destaca a importância dos Impostos sobre o lucro das empresas como impulsionadores do crescimento das receitas públicas. Mesmo diante de fatores atípicos, como a postergação de Tributos em 2024 e a arrecadação extraordinária de alguns setores, a consistência na expansão das receitas administradas reforça a solidez da base tributária e a capacidade do governo de executar políticas fiscais e sociais.
Fonte: Jornal Contábil
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
