Banco Mundial eleva estimativa de crescimento da América Latina para 2026
O Banco Mundial revisou para cima suas previsões de crescimento econômico para a América Latina e o Caribe em 2026, projetando um crescimento de 2,5%, ante os 2,4% estimados anteriormente. A região ainda é considerada uma das de crescimento mais lento do mundo, devido a fatores como inflação persistente, alto endividamento e incertezas causadas pelas políticas tarifárias dos Estados Unidos.
Para o Brasil, as projeções de crescimento se mantiveram em 2,4% para este ano e em 2,2% para 2026. Já a estimativa de crescimento para a Argentina foi reduzida, passando de 5,5% para 4,6% em 2025 e com expectativa de desaceleração para 4% em 2026.
Cenário Econômico da América Latina
A economia da América Latina deve apresentar um crescimento de 2,3% neste ano, uma leve melhora em relação aos 2,2% registrados no ano anterior. O México, por sua vez, teve a estimativa de crescimento revisada de 0,2% para 0,5% em 2025, com projeção de aceleração para 1,4% em 2026.
O relatório do Banco Mundial destaca que os governos da região têm buscado preservar a estabilidade diante dos desafios econômicos. A vice-presidente da instituição para a América Latina e o Caribe, Susana Cordeiro Guerra, ressaltou a importância de acelerar as reformas para melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos privados.
Desafios e Perspectivas
A Bolívia enfrenta a perspectiva de contração econômica para este ano e o próximo, o que representa um desafio para o vencedor do segundo turno da eleição presidencial agendado para outubro. O relatório aponta que aspectos como infraestrutura deficiente, educação precária e barreiras à entrada de novas empresas estão inibindo o empreendedorismo e o crescimento das grandes companhias.
O economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, William Maloney, destacou a dificuldade das empresas em contratar mais trabalhadores devido a deficiências no sistema educacional e de treinamento.
Impacto das Políticas Comerciais Globais
A incerteza em relação às políticas comerciais globais, em especial as tarifas impostas pelos Estados Unidos, tem afetado os investimentos em diversos setores. A expectativa de preços estáveis é acompanhada da dificuldade em atingir as metas de inflação e da queda mais lenta das taxas de juros na região.
O relatório do Banco Mundial destaca a necessidade de superar obstáculos estruturais e estimular a educação e a formação profissional para impulsionar o crescimento econômico e a geração de empregos na região.
Fonte: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.