Um relatório da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena) aponta que as fontes renováveis continuam sendo mais baratas do que as de combustíveis fósseis globalmente. Em 2024, a geração de energia eólica onshore apresentou um custo médio global de US$ 0,034/kWh, enquanto a energia solar fotovoltaica ficou em US$ 0,043/kWh e a hidrelétrica em US$ 0,057/kWh.
No Brasil, o custo de geração de energia eólica onshore é abaixo da média global, ficando em US$ 0,030/kWh, semelhante ao custo da China. Já a energia solar fotovoltaica teve um custo médio de US$ 0,048/kWh em 2024.
As fontes renováveis são vantajosas por reduzir a dependência de combustíveis fósseis, melhorando a segurança energética dos países. O custo evitado com combustíveis fósseis em 2024 chega a US$ 467 bilhões, destacando as vantagens econômicas das renováveis.
Apesar da tendência de redução de custos com o avanço da tecnologia, ainda existem desafios de curto prazo a serem superados. Mudanças geopolíticas, gargalos de matérias-primas e dinâmicas industriais são alguns dos desafios mencionados, especialmente na China, Europa e América do Norte.
Por outro lado, regiões como Ásia, África e América do Sul têm potencial para queda significativa nos custos de energia devido a recursos renováveis abundantes. No Brasil, a flexibilidade da rede e os sistemas de armazenamento ainda em desenvolvimento são cruciais para a expansão das renováveis variáveis.
Para a expansão das energias renováveis, será essencial manter estruturas regulatórias claras, mecanismos de contratação confiáveis e ambientes de investimento previsíveis. Instrumentos como contratos de compra de energia (PPAs) terão papel fundamental na atração de financiamento acessível.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, destaca a importância das energias limpas para uma economia inteligente. As renováveis estão se tornando a principal opção energética, enquanto os combustíveis fósseis perdem espaço. A remoção de barreiras e a construção de confiança são essenciais para sustentar o crescimento das energias renováveis no mundo.
Fonte: Estadão
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