Modelo de semana de trabalho mais curta encontra obstáculos no Brasil

Semana de trabalho reduzida enfrenta resistência no Brasil

O movimento internacional 4-Day Week, que propõe a redução da semana de trabalho de cinco para quatro dias, perdeu fôlego no Brasil. Apesar de resultados positivos nos testes realizados, apenas duas das 20 empresas participantes mantiveram oficialmente a jornada reduzida. A maioria optou por modelos híbridos ou flexíveis, continuando com a semana de cinco dias.

Implementação do modelo no Brasil

No país, o movimento 4-Day Week Global atuou em parceria com a consultoria Reconnect Happiness at Work para implementar os projetos-piloto. A fundadora da Reconnect, Renata Rivetti, destaca que muitas empresas se adaptaram bem durante os testes, obtendo resultados excelentes. No entanto, a maioria das empresas recuou e voltou ao modelo tradicional de gestão de pessoas.

Obstáculos e barreiras culturais

Renata menciona a existência de uma forte barreira cultural no Brasil, que ainda debate a jornada de trabalho 6×1. Além disso, o ambiente econômico desfavorável levou várias empresas a retornarem ao modelo convencional. Ela observa que a polarização global, especialmente vinda dos Estados Unidos, também influencia as decisões das empresas.

Impacto nas empresas

Segundo a especialista, as mudanças na gestão de pessoas avançaram em muitas empresas, com aquelas que adotaram modelos de bem-estar se mostrando satisfeitas. Ela ressalta que o controle rígido no ambiente de trabalho pode resultar em alto turnover e baixo engajamento, afetando a produtividade.

Benefícios para pequenas e médias empresas

Renata destaca que para as pequenas e médias empresas, a manutenção de benefícios como a semana de trabalho reduzida pode ser essencial para atrair talentos, promovendo um tratamento mais humano. Empresas como Mol e Vockan adotaram esse modelo mais flexível de gestão de pessoas, aumentando o engajamento dos colaboradores.

Tendência internacional e resultados positivos

Apesar dos desafios no Brasil, o movimento da semana de quatro dias de trabalho segue firme internacionalmente. Países como Islândia, Bélgica, Reino Unido, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália têm adotado o modelo com resultados positivos, incluindo aumento de produtividade, bem-estar elevado e redução do turnover.

Perspectivas futuras

Renata Rivetti se mantém otimista diante dos resultados alcançados globalmente, destacando a importância da qualidade de vida nas empresas e o apoio das tecnologias para viabilizar a redução da jornada de trabalho. A tendência de adesão ao modelo de quatro dias de trabalho se mostra crescente, com benefícios evidentes para empresas e colaboradores em diversos países.

Fonte: Exame

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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