Meu companheiro faleceu: como funciona a pensão por morte na união estável?

Direito à Pensão por Morte na União Estável

Após a perda de um parceiro em união estável, surge a dúvida sobre o direito à pensão por morte, benefício previdenciário garantido por lei. O reconhecimento dessa relação exige comprovação formal, mesmo sendo respaldado pela legislação brasileira.

Para garantir o benefício, o primeiro passo é reunir documentos que comprovem a união estável até a data do falecimento. Algumas formas de comprovação incluem certidão de nascimento de filhos em comum, comprovantes de residência conjunta, declarações de Imposto de Renda e documentos bancários e testamentários compartilhados.

Legislação e Prova da União Estável

De acordo com a Constituição Federal e a Lei 8.213/91, os direitos do companheiro em união estável são equivalentes aos do cônjuge casado, incluindo o acesso à pensão por morte, tanto no INSS quanto nos regimes próprios de Previdência para servidores públicos. É essencial comprovar a convivência pública, contínua e com intenção de constituir família, conforme previsto no Código Civil.

Mesmo sem uma escritura pública de união estável, outros documentos e provas materiais podem ser utilizados para comprovar a relação, conforme destacam os especialistas. A Súmula 63 da TNU ressalta a importância de ao menos um início de prova material.

Solicitação da Pensão por Morte

No caso do falecido ser segurado do INSS, o pedido de pensão por morte deve ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, anexando os documentos necessários e acompanhando o processo. O mesmo vale para regimes próprios de servidores públicos, com o processo ocorrendo junto ao órgão empregador.

Recursos em Caso de Negativa

Em situações de negativa do benefício por falta de provas da união estável, é possível recorrer administrativa ou judicialmente. Reunir a documentação correta e buscar orientação jurídica especializada são medidas fundamentais para aumentar as chances de sucesso nos processos.

Importância do Momento do Pedido

Gabriel Martel destaca a relevância de solicitar a pensão o quanto antes: se feito até 90 dias após o falecimento, o pagamento é retroativo à data da morte. Após esse prazo, o benefício será concedido a partir da data do pedido.

Em caso de separação, é válido compreender como ocorre a partilha de bens na união estável e os direitos do cônjuge sobrevivente. A orientação jurídica especializada pode ser de grande auxílio nesse processo.

Fonte: G1 Economia

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

AmdJus - Portal de contabilidade online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.