Junho registra boom no consórcio e queda no financiamento de imóveis devido aos juros elevados

Consórcios de imóveis em alta, financiamentos em baixa

A comercialização de consórcios de imóveis registrou um aumento significativo no primeiro semestre de 2025, com um crescimento de 40,8% em relação ao mesmo período de 2024. Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), foram mais de 590 mil adesões, resultando em negócios que totalizaram R$ 118,1 bilhões.

Enquanto isso, os financiamentos imobiliários, feitos com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), tiveram uma queda de 10,4% no mesmo período, totalizando R$ 73,6 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Crescimento contínuo dos consórcios

Um estudo do Banco Central revelou que o segmento de consórcios de imóveis teve o maior crescimento entre as categorias, com um aumento anual de 30% nas cotas vendidas, ultrapassando 998 mil. Em 2024, os recursos coletados por todo o sistema de consórcios aumentaram 20,6%, atingindo R$ 121,8 bilhões. O número de cotas comercializadas alcançou 4,53 milhões no ano passado, resultando em 11,35 milhões de cotas ativas em dezembro, um crescimento de 9,7%, segundo dados do BC.

Motivos para a preferência dos consórcios

A busca por consórcios de imóveis tem sido impulsionada, principalmente, pelo cenário de altos juros nos financiamentos imobiliários. Enquanto as taxas de financiamento variam entre 11,29% e 13,50% ao ano, as parcelas do consórcio não sofrem essa incidência. Além disso, a necessidade de menos dinheiro na entrada e a familiaridade dos brasileiros com o pagamento mensal dos boletos têm contribuído para a popularidade dos consórcios.

Atrativos e correções do consórcio

Embora as parcelas do consórcio não sejam afetadas pelos juros do financiamento, elas são corrigidas pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que registrou 7,19% de acumulado nos últimos 12 meses. Esse índice é importante, pois reajusta anualmente o valor do crédito contratado e, consequentemente, as parcelas, inclusive após a contemplação.

A expectativa de queda na taxa básica de juros, a Selic, pode resultar em um aumento na correção dos consórcios a partir do próximo ano. Historicamente, a Selic média do país tem girado em torno de 13,83%.

Em resumo, o cenário de altos juros nos financiamentos imobiliários tem impulsionado a procura por consórcios de imóveis, que oferecem uma alternativa atrativa para quem busca adquirir um imóvel no Brasil. Com as taxas competitivas e a correção pelo INCC, os consórcios se apresentam como uma opção viável para muitos consumidores interessados em realizar o sonho da casa própria.

Fonte: Exame

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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