Dívida em queda: projeção indica que pico da inadimplência ficou para trás, mas alerta persiste

Projeções indicam possível queda na inadimplência, mas alertam para endividamento

Um levantamento recente aponta que o pior momento da inadimplência no Brasil parece ter ficado para trás, trazendo uma perspectiva de estabilidade com viés de baixa para as pessoas físicas. Contudo, um alerta é acendido em relação ao endividamento.

De acordo com as projeções, a taxa média de inadimplência em novembro de 2025 está estimada em 4,72%, dentro de uma faixa que varia entre 4,44% e 5,01%. Em setembro, o índice estava em 4,77%, segundo dados do Banco Central.

A tendência de controle se estende para os próximos meses, com previsão de queda da inadimplência para 4,64% em dezembro e 4,77% em janeiro.

Projeção e evolução da inadimplência

O estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com a FIA Business School, com base em dados do Banco Central, analisou a evolução da taxa de pessoas físicas com parcelas atrasadas há mais de 90 dias. Os números projetados representam um patamar controlado e condizente com a trajetória recente do crédito.

Em relação ao segmento de crédito com recursos livres, os dados também apontam para um alívio. A projeção para novembro de 2025 é de uma taxa média de 6,61%, comparada aos 6,70% observados em setembro. Ainda assim, o estudo ressalta a importância de se atentar aos atrasos recentes, que, embora ainda não configurem inadimplência oficial, servem como alerta.

Alerta para atrasos e endividamento

Segundo Claudio Felisoni, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, o aumento nos atrasos entre 15 e 90 dias sugere que o índice de inadimplência efetiva pode se aproximar da faixa superior da estimativa, chegando a cerca de 6,9%. Isso indica que, mesmo com a projeção de 6,61% nos recursos livres, a pressão dos atrasos recentes pode elevar o número real para o teto da margem de erro calculada pelo instituto.

Felisoni destaca que, apesar da melhora pontual nos indicadores, principalmente relacionada ao mercado de trabalho, o nível de endividamento das famílias girando em torno de 50% e a tendência contínua de expansão são fatores que merecem atenção.

Em um cenário em que a inadimplência parece estar em declínio, é crucial manter a análise constante e cautelosa dos indicadores, especialmente diante do quadro de endividamento das famílias brasileiras e dos possíveis impactos dos atrasos recentes no cenário econômico. A evolução desses números nos próximos meses será essencial para avaliar a sustentabilidade dessa queda e a saúde financeira dos consumidores.

Fonte: InfoMoney

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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