Investimento em Compliance: Essencial para as MPEs Em 2025
Em MEIo ao cenário empresarial de 2025, o termo “compliance” ainda desperta distância e desinteresse em muitos micro e pequenos empresários. Associado a grandes corporações e robustos departamentos jurídicos, a conformidade regulatória parece ser vista como um luxo inacessível para aqueles que lutam diariamente pela sobrevivência de seus negócios. Contudo, em uma era marcada pela informação e pela importância da governança, surge a questão: por que as micro e pequenas empresas (MPEs) ainda não incorporaram naturalmente o compliance em suas práticas?
Desinformação e Resistência nas MPEs
Enquanto as grandes corporações investem significativamente em programas de integridade, as MPEs enfrentam barreiras como desinformação, preconceito e resistência. A falta de conformidade pode acarretar passivos trabalhistas e problemas de saúde ocupacional, como apontado em um artigo sobre a relação entre a NR-01 e o compliance. Portanto, surge a dúvida: por que esse assunto crucial ainda é menosprezado?
Dificuldades Práticas e Complexidades do Compliance
Para as microempresas, cada investimento se mostra crucial. A implementação de um programa de compliance demanda recursos em consultoria, treinamento, adequação de processos e, por vezes, tecnologia. Esses custos poderiam ser alocados em setores como marketing, estoque ou folha de pagamento. Além do aspecto financeiro, há também a questão do tempo: muitos empresários de pequeno porte desempenham diversas funções e veem o compliance como mais uma burocracia a ser gerida, em MEIo a suas múltiplas responsabilidades.
Estigma e Preconceitos Enfrentados
Por outro lado, um dos maiores desafios pode residir em questões culturais enraizadas. Existe a ideia equivocada de que adotar políticas de integridade e conduta implica em desconfiança e sinaliza falta de confiabilidade na empresa. Adicionalmente, há o receio de que a conformidade possa engessar o negócio, prejudicando a agilidade e flexibilidade características das pequenas empresas. No entanto, essa visão pode ser perigosa, considerando que a informalidade pode levar a situações prejudiciais, como ações trabalhistas relacionadas à ansiedade e ao burnout.
Benefícios do Compliance para as MPEs
Apesar dos desafios, as MPEs que adotam práticas de compliance adaptadas à sua realidade podem colher diversos benefícios palpáveis e intangíveis. A prevenção de passivos trabalhistas, a vantagem competitiva no mercado, a promoção de um ambiente organizacional saudável e a garantia de resiliência e longevidade nos negócios são apenas alguns dos frutos colhidos por empresas comprometidas com a integridade e a conformidade.
O Momento de Mudança em 2025
No decorrer de 2025, abrir espaço para o compliance nas micro e pequenas empresas se torna fundamental. Essa mudança requer uma ação conjunta, envolvendo o papel do Poder Público, do SEBRAE, das empresas de contabilidade e, acima de tudo, do próprio empresário. É essencial romper com os paradigmas, enxergar o compliance como um escudo protetor e compreender que a integridade não é uma opção, mas sim a base sólida para a construção de um legado duradouro no mundo dos negócios.
Em última análise, 2025 não pode ser apenas mais um ano em que o compliance é negligenciado pelas MPEs. A chave para o sucesso empresarial está em compreender que a ética e a conformidade não são apenas aspectos desejáveis, mas sim elementos essenciais para a prosperidade e longevidade dos negócios no cenário moderno. É hora de questionar não o porquê de implementar o compliance, mas sim como ainda não o implementamos.
Fonte original: Receita Federal
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
