Alta da Selic e Inflação Afetam PMEs: Como se Preparar?
A economia nacional enfrenta um novo cenário com a Selic atingindo 15% ao ano e a inflação persistentemente acima da meta. Esse contexto impacta diretamente a gestão de caixa das pequenas e médias empresas (PMEs) do Brasil.
Vivian Sesto, sócia da XP Empresas, destaca a necessidade de os empreendedores adotarem práticas mais estratégicas para proteger a saúde financeira de seus negócios. Com o aumento significativo do custo do capital e a presença de incertezas fiscais e geopolíticas, a cautela na gestão financeira se torna essencial.
O juro real no Brasil se aproxima de 10%, um dos patamares mais altos desde o início do plano Real. Isso resulta em bancos mais cautelosos na concessão de crédito e em encarecimento do financiamento para empresas – o que impacta diretamente as PMEs.
Desafios para as PMEs
As PMEs, que representam a maior parte dos CNPJs ativos no país e faturam menos de R$100 milhões ao ano, enfrentam um cenário desafiador. A falta de políticas estruturadas de investimento e reserva pode ser um obstáculo para essas empresas.
Além da pressão da política monetária, a proximidade das eleições brasileiras e a postura do presidente americano Donald Trump contribuem para a volatilidade no câmbio. Essa instabilidade cria mais um fator de imprevisibilidade para negócios que dependem de importação ou exportação.
Estratégias para Empresas Superavitárias e Deficitárias
Vivian recomenda que negócios superavitários definam estratégias claras de alocação do caixa, separando o caixa operacional do que pode ser investido a médio e longo prazo. Já para empresas deficitárias, a orientação é ter um controle minucioso do fluxo de caixa e manter uma reserva de três a seis meses de custo fixo.
A especialista também destaca a importância de estruturar políticas de caixa, definindo metas de retorno e criando instrumentos de controle na gestão financeira. O apoio de todos os sócios na implementação dessas práticas é vital para o sucesso da empresa em MEIo à alta da Selic.
Gestão Estratégica do Caixa
Com a Selic em 15% ao ano e a possibilidade de novos aumentos, a gestão estratégica do caixa se torna essencial para as PMEs. Além de proteger a empresa, essa gestão se torna uma ferramenta de competitividade em um cenário de crédito mais caro e limitações nos investimentos.
A assessoria de investimentos surge como uma aliada fundamental nesse contexto econômico complexo. Especialistas podem auxiliar os empreendedores na tomada de decisões embasadas em dados, possibilitando a busca por oportunidades mesmo em momentos de alta de juros.
Conclusão
Diante do novo cenário econômico do Brasil, as PMEs precisam se preparar e adotar práticas mais estratégicas na gestão financeira. A união de esforços de todos os sócios, a definição de metas claras e a busca por apoio especializado são medidas cruciais para enfrentar os desafios que a alta da Selic e da inflação impõem. Com uma gestão financeira sólida e bem estruturada, as PMEs podem se manter competitivas e preparadas para os desafios do mercado.
Fonte original: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
