Alta de Preços nos EUA: Impacto das Tarifas de Importação
A divulgação do índice de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, o CPI, revelou o impacto da política tarifária de Donald Trump nos preços. Produtos como café, joias, televisões, brinquedos e outros tiveram aumento significativo desde abril, período de anúncio das tarifas.
De acordo com dados da CNBC, o preço de produtos sensíveis às tarifas de importação subiu mais que a média geral, com uma alta de 1% entre abril e agosto. Itens cujos preços estavam em queda nos últimos 10 anos enfrentaram inflação neste ano, como é o caso do café, que registrou um aumento de 9,8%.
Os Estados Unidos importam mais de um terço do café Arábica do Brasil, o que influenciou diretamente no aumento de preços. Outros produtos, como bananas, também tiveram elevação incomum de preços, chegando a 4,9% no período analisado.
O impacto das tarifas é mais significativo em produtos dependentes de importações, variando de acordo com cadeias globais de suprimentos, estoques e logística de importação. Estimativas apontam que as tarifas podem ter um impacto médio de 17,4% nos americanos, o maior desde 1935.
Setores de luxo, como joias e relógios, também sentiram o impacto das tarifas de importação, com um aumento de 5% nos preços em agosto. Até mesmo produtos como televisões, com histórico de preços em queda, viram um aumento de 3,1% no período, devido à dependência de importações de países como México, China e Vietnã.
No caso dos brinquedos, 70% das importações dos EUA vêm da China, e houve um aumento de 2,5% nos preços entre abril e agosto, enquanto historicamente apresentavam uma redução de 1,9%.
A política tarifária de Donald Trump teve consequências diretamente perceptíveis nos preços de diversos produtos nos EUA, impactando desde itens do dia a dia como cafezinho até artigos de luxo como joias. A tendência é que os consumidores continuem sentindo esse impacto no bolso enquanto as tarifas de importação permanecerem em vigor.
Fonte: Estadão
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
