Crescimento da Terceira Idade e queda na população infantil: impactos nos planos de saúde

Um estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) revelou que houve um aumento significativo no número de beneficiários de planos de saúde com idade igual ou superior a 65 anos, enquanto houve uma redução no número de beneficiários na faixa etária de 0 a 4 anos. Essa tendência reflete o processo de envelhecimento da população brasileira.

No período de um ano, de maio de 2024 a maio de 2025, as faixas etárias a partir de 65 anos apresentaram um crescimento de aproximadamente 142 mil beneficiários, enquanto a faixa de 0 a 4 anos teve uma queda de cerca de 99 mil vínculos. Destaca-se o maior crescimento nas faixas de 45 a 49 anos, 60 a 64 anos, 75 a 79 anos e 80 anos ou mais, enquanto as faixas etárias mais jovens apresentaram diminuição.

O relatório do IESS apontou que o setor de planos de saúde manteve um crescimento no número total de beneficiários. Em 12 meses, os planos médico-hospitalares chegaram a 52,6 milhões de vínculos em maio de 2025, com um acréscimo de 2,2%, equivalente a 1,1 milhão de novos beneficiários em relação ao ano anterior.

Os planos coletivos empresariais foram os que mais cresceram, com um aumento de 4,2% no ano, atingindo 38,1 milhões de vínculos. Esse crescimento está relacionado ao avanço do emprego formal no país, conforme dados do Novo Caged. Em contrapartida, os planos coletivos por adesão apresentaram queda de 4,4% em 12 meses, com uma perda de 269 mil vínculos.

Os planos individuais ou familiares registraram uma retração de 1,6% no ano, resultando em uma perda de 143,7 mil vínculos, totalizando 8,6 milhões de beneficiários em maio de 2025. Destaca-se o crescimento entre os idosos nessa modalidade, refletindo uma estratégia de mercado em atender a população idosa, principalmente nas grandes cidades.

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, ressalta que o crescimento nas faixas etárias mais avançadas reflete a mudança demográfica em curso no Brasil. Ele destaca a importância de adequar o sistema de saúde suplementar às necessidades desse novo perfil de beneficiários, enfatizando a responsabilidade de cuidar da saúde ao longo da vida para envelhecer com saúde e autonomia.

A transformação no perfil dos beneficiários de planos de saúde reflete não apenas o envelhecimento da população brasileira, mas também a necessidade de adaptação do sistema de saúde suplementar para atender às demandas desse novo cenário. O aumento da longevidade e a permanência no sistema de saúde exigem um cuidado constante com a saúde ao longo da vida, visando uma melhor qualidade de vida na terceira idade.

Fonte: G1 Economia

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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