Copom é pressionado a manter taxa Selic em 15% e se manter firme para fortalecer queda da inflação

Copom deve manter a Selic em 15% para consolidar recuo da inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) se prepara para anunciar a decisão sobre a taxa de juros no Brasil, mantendo a Selic em 15%. A orientação de política monetária contracionista deve ser mantida até que o recuo da inflação se consolide, de acordo com a reunião de julho.

Os economistas projetam um corte de juros somente em 2026, com expectativas divididas sobre o início desse movimento, que pode ocorrer entre janeiro e março do próximo ano. A expectativa de manutenção da taxa baseia-se na avaliação dos dados de inflação, que mostram melhorias recentes mas ainda enfrentam resistência nos preços de serviços.

Além disso, o mercado de trabalho registra números positivos, com recordes de emprego e renda, o que exerce pressão nos preços devido à demanda aquecida. Do lado externo, a redução esperada da taxa de juros nos Estados Unidos pode favorecer o câmbio no Brasil, contribuindo para diminuir a pressão inflacionária.

A XP acredita que o comunicado do Copom deve enfatizar a necessidade de “perseverar” até que a inflação convirja para a meta. A projeção da XP indica cortes na Selic a partir de janeiro de 2026, com reduções sucessivas de MEIo ponto percentual, levando a taxa para 12% ao final do próximo ano.

Dados econômicos atuais e projeções futuras

Os dados econômicos atuais apontam para uma melhora na inflação desde a última reunião do Copom. Em agosto, houve uma deflação de -0,11%, resultado menos intenso do que o previsto. No entanto, essa melhora ainda não reflete uma mudança estrutural na inflação.

O real se valorizou em relação ao dólar, acumulando um ganho de 15% no ano, impactando o IPCA. A atividade econômica mostra sinais de desaceleração, com o PIB do segundo trimestre indicando uma perda de fôlego na demanda doméstica, apesar dos recordes de desemprego e renda.

A expectativa do mercado é de que as expectativas de inflação permaneçam desancoradas, apesar do recuo recente. A projeção para o IPCA no ano caiu para 4,83%, ainda distante da meta de 3%.

Avaliação dos riscos e projeções futuras do Copom

A análise dos riscos inflacionários futuros aponta para fatores externos que sustentam o processo desinflacionário, como a valorização do câmbio. A projeção da Rio Bravo Investimentos indica um possível corte na Selic entre janeiro e março, com uma abordagem progressiva para observar os riscos inflacionários no próximo ano, principalmente relacionados aos estímulos governamentais.

A Suno Research sugere que o Banco Central provavelmente manterá sua postura em relação à Selic nos próximos meses, observando os indicadores econômicos antes de decidir sobre cortes na taxa. A expectativa da casa é que o início dos cortes ocorra em março de 2026, com a taxa finalizando o ano entre 13,5% e 14%.

Análise do comunicado e perspectivas futuras

O tom do comunicado do Copom será observado de perto pelo mercado, com atenção especial às palavras escolhidas. Para alguns economistas, o tom deverá ser cauteloso, sinalizando a manutenção da taxa de juros e monitorando a inflação e outros indicadores econômicos antes de considerar cortes.

As projeções oficiais do Copom, envolvendo câmbio e IPCA, serão fundamentais para compreender a visão do comitê sobre a economia a longo prazo. Qualquer ajuste na projeção de inflação pode indicar uma propensão ao corte de juros. Na visão da XP, é esperado um recuo da inflação nos próximos trimestres, refletindo possíveis cortes na Selic em 2026 e 2027.

A espera pelo comunicado do Copom e as projeções futuras geram expectativas no mercado, que busca entender a estratégia do Banco Central diante do atual cenário econômico e das perspectivas futuras.

Fonte: Valor Econômico

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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