Copom demonstra cautela e adia definição sobre início dos cortes de juros

Copom deve manter tom cauteloso e adiar início do ciclo de cortes

Economistas da XP Investimentos e da Bradesco Asset Management (BRAM) projetam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optará por manter a Selic, a taxa básica de juros, inalterada na reunião desta quarta-feira. Mesmo com a recente descompressão inflacionária, a tendência é que o Copom adote um discurso mais cauteloso, sem mudanças significativas na mensagem atualmente transmitida.

De acordo com especialistas, a manutenção dos juros em patamares elevados por um período prolongado é a perspectiva dominante, mesmo com dados positivos de inflação no curto prazo. A expectativa é de que o Banco Central atue com prudência, considerando a continuidade do mercado de trabalho aquecido.

Previsão de corte de juros em março de 2026

As projeções discutidas no encontro apontam para um possível corte de juros em março de 2026, com a hipótese de janeiro não sendo descartada caso a inflação continue em melhora e o mercado de trabalho desacelere. Para que o corte aconteça em março, espera-se que o Banco Central adote uma postura mais flexível em seus comunicados a partir de dezembro e efetive a redução em março.

Os analistas apostam em um ciclo de flexibilização monetária com seis cortes consecutivos de 0,50 p.p., levando a Selic a atingir 12% a.a. Em termos reais, a taxa se estabilizaria em 7,5%, acima do considerado neutro.

Risco do adiamento dos cortes de juros em 2026

Além das expectativas em relação ao ciclo de cortes de juros, o mercado debate os possíveis impactos da isenção do Imposto de Renda, da liberação de compulsórios da poupança e do programa Reforma Casa Brasil, que disponibiliza R$ 40 bilhões para reformas residenciais. Esses estímulos fiscais podem aquecer a economia no primeiro trimestre de 2026, o que poderia levar a postergação ou redução dos cortes de juros.

Diante desse cenário, analistas apontam que os estímulos fiscais podem levar o Banco Central a rever sua perspectiva de ociosidade na economia, limitando a queda das projeções de inflação. A influência das eleições de 2026 na condução do novo ciclo de juros ainda é incerta, com a avaliação majoritária indicando que a política monetária não será fortemente condicionada pelo pleito presidencial, pelo menos em seus primeiros movimentos de cortes de juros.

Fonte original: CNN Brasil

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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