Conab mantém previsão de safra de soja do Brasil, mas cita preocupações climáticas
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve a previsão da safra de soja do Brasil em 2025/26 em um recorde de 177,6 milhões de toneladas, com poucas mudanças em relação à projeção anterior. A área destinada ao plantio também teve uma variação mínima, atingindo 49,06 milhões de hectares. No entanto, a Conab destacou preocupações climáticas para o desenvolvimento inicial da cultura.
De acordo com o relatório mensal da Conab, as condições climáticas em diferentes regiões do país estão sendo monitoradas de perto, devido a eventos adversos. O atraso na semeadura em comparação ao ano anterior e a irregularidade das chuvas em locais como Mato Grosso e Goiás são fatores que podem impactar o desempenho das lavouras.
Mesmo com as preocupações, a Conab reafirmou a previsão de crescimento de 3,6% na área plantada para a safra 2025/26, o que pode resultar em um aumento proporcional na produção, dependendo das condições climáticas nas próximas semanas. Em Mato Grosso, principal produtor nacional, a instabilidade climática em outubro afetou o plantio da soja, resultando em déficit hídrico e comprometendo o desenvolvimento da cultura.
A projeção da Conab é de que o Brasil exporte 112,1 milhões de toneladas de soja na nova temporada, um aumento em relação ao ciclo anterior. Além disso, o processamento interno da soja deve crescer para 59,4 milhões de toneladas, impulsionado pela robusta safra esperada.
Safra de milho e exportação
Em relação à safra de milho, a previsão total para 2025/26 é de 138,84 milhões de toneladas, representando um pequeno aumento em comparação com a projeção anterior. No entanto, a colheita total tende a cair 1,6% em relação ao recorde do ano anterior, devido a produtividades menores.
A segunda safra de milho, a mais significativa no Brasil, foi estimada em 110,5 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 2,5% em comparação ao ano anterior. A exportação de milho do Brasil para o ciclo foi projetada em 46,5 milhões de toneladas, mantendo-se estável mensalmente, porém com um crescimento significativo em relação ao ciclo anterior.
Estima-se que o mercado de grãos do Brasil continue em expansão, mesmo diante das preocupações climáticas e desafios decorrentes das condições de plantio. A busca por formas de mitigar os efeitos adversos do clima e assegurar a produtividade das principais culturas agrícolas do país permanece como um foco importante para os produtores e órgãos ligados ao setor.
Fonte original: Valor Econômico
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
