Economia Digital: Pix e Carteiras Digitais impulsionam inclusão financeira em comunidades vulneráveis
A forma como os brasileiros lidam com o dinheiro tem passado por mudanças significativas nos últimos anos. Segundo a pesquisa “Pagamentos em Transformação: do Dinheiro ao Código”, do Google, o percentual de brasileiros que utilizam cédulas reduziu de 43% para apenas 6% em cinco anos. E essa tendência parece irreversível, já que mais da metade da população pretende abandonar totalmente o uso de cédulas até 2030, de acordo com um levantamento do Banco Central.
O Pix tem se mostrado como um dos principais protagonistas nessa transformação, alcançando 93% dos brasileiros e sendo responsável por quase metade (47%) das transações financeiras no país em 2024. Além disso, o crescimento das carteiras digitais e dos bancos online tem reforçado esse movimento, consolidando a economia digital como uma porta de entrada para a inclusão financeira.
Economia Digital ao redor do Mundo
O Brasil não está sozinho nessa mudança. Dados do Global Findex Database 2025, do Banco Mundial, mostram que 62% dos adultos em economias de baixa e média renda ao redor do mundo realizaram ou receberam ao menos um pagamento digital no último ano. Isso demonstra que, à medida que a economia se digitaliza, a inclusão financeira de populações vulneráveis também aumenta.
Democratização do Acesso à Tecnologia Financeira
A economista Mariana Lopes destaca que a economia digital tem reduzido barreiras geográficas e burocráticas para muitas pessoas, permitindo o acesso a serviços financeiros antes inacessíveis. Bancos digitais como Nubank, C6 e Inter têm facilitado o acesso a contas e crédito pessoal, enquanto soluções como as carteiras digitais têm ampliado as opções de pagamento para pequenos empreendedores.
Democratização do Sistema Financeiro
Para Jéssica Monteiro, da Movtech, a transformação em curso vai além da evolução tecnológica e representa a democratização do acesso ao sistema financeiro. A tecnologia tem aberto portas para a autonomia e ajudado a reduzir desigualdades históricas, possibilitando que pessoas que antes não possuíam uma conta bancária possam agora realizar transações, investir e planejar o futuro.
Educação Financeira e Digital
Entretanto, as especialistas ressaltam que o acesso à tecnologia financeira deve ser acompanhado de educação financeira e digital. A falta de conhecimento pode limitar o potencial de melhoria na saúde financeira da população, reforçando a importância de incluir temas relacionados a Finanças e tecnologia nos currículos escolares e em outras instituições de ensino.
Potencial da Economia Digital na Redução da Exclusão Financeira
A economia digital possui um grande potencial para se consolidar como um instrumento essencial na redução da exclusão financeira. A democratização do acesso a serviços financeiros, como links de pagamento, carteiras digitais e outras tecnologias, está permitindo que um número cada vez maior de pessoas tenha acesso a soluções antes restritas a grandes empresas.
Conclusão
A economia digital está transformando a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro e, ao mesmo tempo, está ampliando a inclusão financeira de comunidades vulneráveis. A democratização do acesso à tecnologia financeira, aliada à educação financeira e digital, é essencial para aproveitar todo o potencial que a economia digital oferece na redução das desigualdades e na promoção da autonomia econômica para todos.
Fonte original: Receita Federal
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
