Economia: Geração de vagas tem desaceleração gradual em 2025
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou dados que mostram a criação de 213 mil novas vagas em setembro, superando a expectativa do mercado de 170 mil vagas. No entanto, o acumulado do ano registra uma desaceleração em relação ao mesmo período de 2024, com 1,7 milhão de novas vagas criadas em 2025 contra 1,9 milhão no ano anterior.
Economistas apontam que os números refletem uma desaceleração gradual da atividade econômica, principalmente ao analisar o cenário de janeiro a setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2024.
Leve desaceleração econômica
Para especialistas, a desaceleração é evidente ao considerar o indicador de médio prazo, mostrando um declínio leve da atividade econômica, mesmo com dados positivos registrados em setembro. Destaca-se que o mercado de trabalho tem se mostrado mais resiliente do que o esperado, mantendo-se em um cenário de desaceleração suave, mas sem gerar pânico.
Projeções para o mercado de trabalho
A projeção da XP indica uma criação líquida de 1,34 milhão de postos formais em 2025, após 1,68 milhão em 2024. Para o ano seguinte, a previsão é de uma adição líquida de 950 mil empregos formais, apontando para uma tendência de acomodação no mercado de trabalho a longo prazo.
Salários em alta e pedidos de demissão
Os dados mostram um aumento de 5,9% no salário médio nominal em setembro, sem descontar a inflação, e um avanço de 7% no salário nominal de desligamento em comparação com o ano anterior. Por outro lado, os salários médios de admissão e desligamento apresentaram variações em termos reais.
Destaca-se que o número de desligamentos a pedido segue elevado, indicando um mercado de trabalho aquecido com opções para os trabalhadores. A XP projeta uma taxa de desemprego de 6% no final de 2025 e 6,3% no final de 2026, sinalizando um mercado de trabalho competitivo.
Atividade econômica e projeção do PIB
Em relação à atividade econômica, a projeção da XP aponta para uma leve desaceleração no Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano, comparado aos trimestres anteriores, mas ainda em um cenário positivo. Espera-se um crescimento de 0,2% no terceiro e quarto trimestres, após uma média de 0,8% nos primeiros dois trimestres do ano.
Apesar dos sinais de desaceleração, o mercado de trabalho mantém-se aquecido, com uma perspectiva menos alarmante, especialmente considerando o controle da inflação. A economia segue resiliente, mesmo com o cenário de juros altos, demonstrando uma adaptação gradual às condições econômicas atuais.
Fonte: Estadão
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