Brasil fica em 40º lugar no ranking global de aposentadorias
No último ranking de aposentadorias da gestora Natixis, o Brasil ficou na 40ª posição entre 44 nações avaliadas. O país se destacou negativamente em indicadores como renda e saúde dos idosos, revelando um longo caminho a percorrer nesses aspectos. A Noruega liderou a lista, com a Suíça em terceiro lugar e a Irlanda em segundo.
No índice elaborado pela Natixis, o Brasil teve melhor desempenho no subíndice de Qualidade de Vida, com 62%, seguido por Finanças com 59% e Saúde com 52%. Entretanto, na categoria de Bem-Estar Material, o país alcançou apenas 27% de aproveitamento.
Aspectos avaliados no ranking de aposentadorias
Os pesquisadores usam 18 indicadores para calcular a pontuação de cada país, distribuídos em quatro subíndices: MEIos materiais para viver confortavelmente na aposentadoria, Acesso a serviços financeiros de qualidade, Acesso a serviços de saúde de qualidade e Ambiente limpo e seguro. Entre os critérios estão igualdade de renda, renda per capita, expectativa de vida, gastos com saúde por pessoa, entre outros.
Na América Latina, o estudo destaca o sucesso do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI) no Brasil como iniciativas que incentivaram a formalização de pequenos negócios, proporcionando benefícios como Previdência social e fiscais. Entre 2008 e 2013, mais de 2 milhões de trabalhadores autônomos e microempreendedores deixaram a informalidade graças a esses programas.
Desafios para a cobertura previdenciária
O estudo ressalta que, à medida que a população envelhece e as pressões econômicas aumentam, é fundamental oferecer uma cobertura previdenciária adequada para todos os trabalhadores, incluindo os informais. Muitos desses trabalhadores não têm acesso a pensões governamentais e possuem poucas economias, o que gera preocupações financeiras.
A baixa cobertura previdenciária dos trabalhadores informais acaba pressionando os governos a compensar os déficits por MEIo de Impostos mais altos, criando um ciclo vicioso. Por essa razão, políticas e programas que tornam o trabalho formal mais atraente para empregadores e indivíduos podem ter um impacto significativo na cobertura previdenciária.
Comparação com outros países
Entre as maiores economias, a Alemanha se destaca no ranking, ocupando a 8ª posição geral. O Reino Unido está em 14º, o Canadá em 20º, os Estados Unidos em 21º e a Coreia do Sul em 22º. A Alemanha obteve alta pontuação no subíndice de Bem-Estar Material, devido ao baixo desemprego e aumento na renda per capita.
A Natixis destaca a importância de incentivar a formalização dos trabalhadores informais, visando melhorar a cobertura previdenciária e evitar pressões fiscais adicionais por parte dos governos. Através de programas como o Simples Nacional e o MEI, é possível impulsionar a formalização da força de trabalho e garantir benefícios sociais aos trabalhadores.
Conclusão
O ranking global de aposentadorias da Natixis evidencia a necessidade de políticas e programas que promovam a formalização dos trabalhadores e garantam uma cobertura previdenciária adequada para todos. Enquanto o Brasil enfrenta desafios em termos de renda e saúde dos idosos, países como Noruega, Irlanda e Suíça lideram a lista com medidas eficazes nesse sentido.
Fonte: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
