O Banco Central Europeu optou por manter as taxas de juros inalteradas, aguardando mais clareza nas negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos. Após oito cortes em um ano, a taxa permanece em 2%, com a inflação de volta à meta de 2% do BCE.
O cenário econômico descrito pelo Conselho do BCE é de equilíbrio, com a incerteza do comércio a curto prazo sendo compensada pela perspectiva de investimento público no futuro. A economia, segundo o BCE, tem se mostrado resiliente embora o ambiente global continue desafiador.
Enquanto as negociações entre a UE e os EUA se desenrolam, existe a expectativa de um possível acordo que resultaria em uma tarifa de 15% sobre as importações dos EUA na União Europeia. Esse cenário se encontra entre as projeções apresentadas pelo BCE, impactando diretamente o crescimento e a inflação na zona do euro no médio prazo.
De acordo com os economistas, caso esse acordo se concretize, a zona do euro pode recuperar o ímpeto econômico a partir do quarto trimestre, o que poderia reduzir a necessidade de novos cortes de juros por parte do BCE. No entanto, os mercados monetários ainda precificam uma possível redução dos juros, refletindo o risco de uma inflação muito baixa.
Mesmo com sinais preliminares de aceleração na economia da zona do euro, o crescimento permanece modesto. As empresas já começam a sentir o impacto das tarifas sobre seus lucros, embora ainda mantenham otimismo em relação à recuperação. Por outro lado, os bancos observaram um aumento na demanda por empréstimos, indicando uma certa estabilidade no mercado.
O BCE reiterou que avaliará a perspectiva da inflação e os riscos envolvidos em suas futuras decisões de política monetária. Os próximos meses serão cruciais para determinar se a economia da zona do euro conseguirá se manter resiliente frente às incertezas comerciais e aproveitar o possível impulso do investimento público.
Fonte original: Valor Econômico
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
