Diretor do BC analisa política monetária
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, analisou a potência da política monetária brasileira, destacando que, apesar do entupimento dos canais de transmissão citado pelo presidente da autarquia, não houve perda de eficácia recentemente. Guillen afirmou que o problema é estrutural, não conjuntural, e que não há mudança na potência nas estimativas feitas.
Decisão do Copom
Guillen também comentou sobre a expressão “continuação da interrupção do ciclo” utilizada pelo Copom na última reunião, explicando que ela indica um momento de cautela diante da incerteza. Ele brincou sobre críticas recebidas em relação à forma como a frase foi escrita, mas reforçou a importância da cautela na definição da taxa de juros apropriada.
Atividade econômica doméstica
O diretor destacou que o Copom tem observado uma desaceleração da atividade econômica doméstica, conforme esperado. Apesar de sinais mistos, com desaceleração do crédito e mercado de trabalho resiliente, Guillen reforçou a moderação como um ponto chave.
Projeções e política fiscal
Guillen detalhou as projeções do Banco Central, destacando a expectativa de um hiato relevante nos próximos meses, com a economia operando abaixo do potencial. Sobre a política fiscal, ele mencionou que o BC trabalha com expectativas próximas do mercado, com previsão de maior execução no segundo semestre.
Ambiente internacional e juros neutros
O diretor abordou o ambiente internacional e as incertezas que impactam o Brasil, incluindo a nova política tarifária dos Estados Unidos. Em relação aos juros neutros, Guillen ressaltou que o BC não tem planos de alterar a estimativa no momento, mas comunicará qualquer mudança necessária.
Conclusão
Diogo Guillen apresentou uma análise da situação econômica atual, destacando a importância da cautela na definição da política monetária e fiscal. Com projeções e cenários sendo monitorados de perto, o Banco Central se mantém atento às incertezas tanto no âmbito nacional quanto internacional, buscando garantir a estabilidade e convergência da inflação à meta estabelecida.
Fonte original: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
