BCE mantém taxa de juros em 2% em MEIo a crescimento estável
O Banco Central Europeu decidiu, em reunião nesta quinta-feira, manter a taxa de juros em 2% pelo terceiro mês consecutivo. Mesmo diante de conflitos comerciais, o BCE desfruta de um período de inflação baixa e crescimento estável.
Em um cenário em que cortou os juros em 2 pontos percentuais até junho deste ano, o BCE optou pela estabilidade desde então. Diferente de outros bancos centrais, como o Federal Reserve, Banco da Inglaterra ou Banco do Japão, que ainda não atingiram suas metas de inflação, o BCE mantém seu posicionamento cauteloso.
Decisões futuras orientadas pelos dados
Deixando todas as opções em aberto, o BCE reiterou que suas futuras decisões serão orientadas pelos dados recebidos, sem comprometer-se com uma trajetória de política monetária específica. A manutenção da taxa de juros em 2% reflete a postura do BCE de aguardar os desdobramentos.
Em comunicado, o BCE destacou que a perspectiva de inflação permanece em linha com as avaliações anteriores. O ambiente de mercado de trabalho sólido, balanços privados robustos e cortes anteriores na taxa de juros são apontados como elementos que contribuem para a resiliência econômica.
Christine Lagarde enfatiza boa posição da política monetária
A presidente do BCE, Christine Lagarde, enfatizou em coletiva de imprensa que a política monetária está em uma “boa posição”. Contudo, ressaltou que desvios pequenos e temporários da meta de inflação são toleráveis.
Apesar de afirmar a estabilidade da política monetária atualmente, Lagarde não descartou a possibilidade de afrouxamento adicional, especialmente diante das incertezas provocadas pelas tarifas dos EUA e suas consequências na economia global.
Crescimento econômico se mantém, apesar de desafios
O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro registrou crescimento de 0,2% no terceiro trimestre, superando expectativas de estagnação. O desempenho positivo de países como Espanha e França impulsionou os números, apontando para uma perspectiva mais equilibrada.
Contudo, a indústria continua a sofrer e as exportações para os Estados Unidos diminuíram significativamente, enquanto a China pratica dumping nos mercados europeus. O desafio reside na manutenção desse equilíbrio frágil diante dos impactos das tarifas e da fragilidade das exportações.
Fonte: CNN Brasil
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
