Ataque de Trump ao Fed preocupa ex-presidente do Banco Central
Na semana de decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, a independência dos bancos centrais ganha destaque. O pedido do governo de Trump para demitir a diretora do Federal Reserve (Fed) reacende discussões sobre possíveis interferências políticas.
Para Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, a situação de interferência no Fed pelo governo americano é considerada “muito estranha” e “perigosa”. Ele destaca que, apesar dos problemas conjunturais, o Fed normalmente funciona bem. No Brasil, a situação também preocupa, com tentativas recentes do Congresso de passar uma lei para demitir um diretor para atender interesses políticos.
A autonomia do Banco Central no Brasil é garantida pela Lei Complementar nº 179/2021, que busca proteger a instituição de interferências políticas. Recentemente, um projeto de lei proposto pelo Partido Progressistas ameaça a independência do BC ao permitir a fiscalização das atividades da diretoria, o que, para Fraga, é equiparado a “coisa de republiqueta”.
Fraga ressalta a importância dos debates macroeconômicos, especialmente em ano eleitoral, como a projeção da relação dívida/PIB, que atualmente está em 77%. Ele encoraja que os políticos discutam abertamente os desafios econômicos do país e destaca a necessidade de austeridade e prioridades claras para superar crises recorrentes.
Sobre a possibilidade de um novo presidente eleito com um mandato para enfrentar os desafios econômicos, Fraga acredita que é fundamental priorizar a austeridade e escolher um caminho consistente para promover o crescimento sustentável. A confiança em um líder com mandato para “arrumar a casa” é vista como uma oportunidade para impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil.
Fonte: CNN Brasil
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
