China condiciona compras de soja dos EUA à remoção de tarifas
A China, maior comprador mundial da soja, ainda não efetuou compras dos EUA em sua safra de outono, optando por fornecedores da América do Sul. A falta de reservas de soja dos EUA é atribuída à exigência chinesa de remoção das tarifas consideradas irracionais pelo Ministério do Comércio chinês.
Os agricultores dos EUA enfrentam a possibilidade de perder bilhões em vendas de soja devido às tensões comerciais não resolvidas que impactaram as exportações para a China. Para tentar amenizar o cenário, a China sinalizou a possibilidade de comprar grãos de soja dos EUA antes de negociações mais abrangentes.
Na última segunda-feira, o negociador sênior de comércio da China, Li Chenggang, se reuniu com líderes políticos e empresariais do MEIo-Oeste dos EUA, principal região produtora de soja do país. No entanto, discordâncias em relação a detalhes técnicos têm dificultado as negociações entre China e EUA, que devem se reunir novamente para discutir o assunto.
O porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, afirmou que os Estados Unidos precisam tomar medidas para cancelar as tarifas consideradas injustas, a fim de viabilizar a expansão do comércio bilateral, inclusive no setor de soja. A questão das tarifas tem sido um ponto sensível nas negociações comerciais entre os dois países.
A incerteza em relação às compras de soja dos EUA pela China reflete a complexidade das relações comerciais entre as duas potências. Enquanto isso, os agricultores americanos aguardam a resolução das questões comerciais para evitar perdas significativas em vendas de soja para o mercado chinês.
A importância do comércio de soja entre China e EUA vai além dos números de exportação, sendo um reflexo das tensões e acordos comerciais que regem a relação entre as duas potências mundiais. A remoção das tarifas é vista como um passo fundamental para garantir a continuidade e expansão desse comércio bilateral.
Com a China priorizando fornecedores da América do Sul para suprir a demanda de soja, os EUA se veem pressionados a tomar medidas que viabilizem a retomada das exportações para o mercado chinês. O impacto econômico para os agricultores americanos em caso de perda de vendas para a China é significativo, destacando a urgência de um acordo entre as partes.
A expectativa em torno das negociações comerciais entre China e EUA reflete a complexidade das relações econômicas globais e a necessidade de ambas as partes encontrarem um terreno comum para a resolução de conflitos comerciais. Enquanto isso, a soja se torna um dos principais focos de atenção, representando não apenas um produto agrícola, mas também um símbolo das disputas comerciais entre as duas potências.
Fonte original: InfoMoney
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
