Alckmin: conselho da Camex aprovou consulta do Brasil à OMC sobre taxação de Trump
Em entrevista a jornalistas na sede do MDIC, Alckmin disse que agora cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir se recorrerá ao órgão internacional
Lara Rizério
Agências de notícias
04/08/2025 17h37
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que o conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil entre com uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a imposição de tarifas do governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Em entrevista a jornalistas na sede do MDIC, Alckmin disse que agora cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir se recorrerá ao órgão internacional.
Durante reunião do Conselho Geral da OMC em julho, o Brasil criticou as medidas unilaterais impostas pelos Estados Unidos aos parceiros internacionais.
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Sem citar nominalmente o país, o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Philip Fox-Drummond Gough, afirmou que as tarifas estão sendo usadas para interferir em assuntos internos de outras nações, fazendo uma referência velada aos ataques do presidente Donald Trump ao Judiciário brasileiro.
Trump tem declarado que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo perseguido pelo Judiciário nacional. Ele anunciou que será aplicada uma sobretaxa de 50% a todos os produtos brasileiros a partir do dia 6 e determinou a suspensão dos vistos de entrada nos EUA de sete magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), além de Alexandre de Moraes.
“O mundo está testemunhando uma mudança extremamente perigosa em direção ao uso de tarifas como ferramenta em tentativas de interferir nos assuntos internos de terceiros países. Como uma democracia estável, o Brasil tem firmemente enraizados em nossa sociedade princípios como o Estado de Direito, a separação de Poderes, o respeito às normas internacionais e a crença na solução pacífica de controvérsias”, disse o embaixador na ocasião.
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(Com Reuters e agências de notícias)
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Lara Rizério
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Fonte original: InfoMoney
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