Abal calcula impacto de R$ 1,15 bilhão para indústria de alumínio devido a aumento das tarifas.

Setor de alumínio estima prejuízo de R$ 1,15 bilhão devido ao tarifaço

Os fabricantes de alumínio calculam que podem ter perdas que chegam a R$ 1,15 bilhão neste ano, caso a taxação de 50% sobre produtos brasileiros entre em vigor em 6 de agosto, conforme previsto. Alguns produtos, como a alumina, foram isentos da lista de tarifas, enquanto exportações de bauxita, hidróxido de alumínio, óxido de alumínio e cimento aluminoso não receberam exceções.

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) destacou que, em 2024, os Estados Unidos foram o terceiro principal destino das exportações de alumínio do Brasil, atrás apenas do Canadá e Noruega. As vendas para os EUA representaram 14,2% das exportações do setor, equivalente a US$ 773 milhões (R$ 4,3 bilhões).

Com as tarifas já em vigor no primeiro semestre, as exportações brasileiras de produtos de alumínio sujeitas a sobretaxas diminuíram 28% em comparação com o mesmo período de 2024, resultando numa perda de US$ 46 milhões (R$ 350 milhões). Agora, com a elevação para 50% da Seção 232 e a ampliação da lista de tarifas, os prejuízos totais podem alcançar US$ 210 milhões (mais de R$ 1,15 bilhão), considerando os efeitos diretos já contabilizados e as projeções para o restante do ano.

A Abal ressalta também os riscos indiretos para toda a cadeia de suprimento. Em 2024, o Brasil exportou cerca de 1,3 milhão de toneladas de alumina para os Estados Unidos, insumo fundamental para aproximadamente 90% do alumínio primário produzido no país. Esse cenário gera a possibilidade de impactos nas etapas subsequentes da cadeia de produção, afetando produtos não sobretaxados.

A entidade alerta sobre a necessidade de se considerar a forte integração produtiva entre os países do Atlântico, especialmente entre Brasil, Canadá e Estados Unidos, e os desequilíbrios que podem surgir dessa mudança nas tarifas. A ruptura da complementaridade regional pode comprometer o abastecimento, alterar fluxos comerciais e prejudicar a previsibilidade das operações industriais nos três países.

Em MEIo a esse cenário de incertezas e prejuízos estimados, o setor de alumínio busca se adaptar e minimizar os impactos causados pelas medidas tarifárias implementadas, visando a continuidade das operações e a preservação dos empregos na indústria.

Fonte original: InfoMoney

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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