Seguro de vida empresarial: uma proteção vital para a empresa após a morte de sócios
Um levantamento do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI) revelou que a maioria das empresas no Brasil são LTDAs, com mais de 90% delas sendo sociedades com dois sócios. Diante desse cenário, a questão que se coloca é: o que fazer quando um sócio morre? A morte de um dos sócios pode trazer sérios problemas de sobrevivência para a empresa, tornando o seguro de vida uma ferramenta estratégica para mitigar os riscos sucessórios e preservar a continuidade do negócio.
Mitigando riscos e garantindo a continuidade do negócio
Com cerca de 90% dos negócios no Brasil sendo empresas familiares, a transição entre gerações se torna uma barreira crítica. Apenas 30% dessas empresas sobrevivem à segunda geração, e menos de 3% chegam à quarta, de acordo com dados da PwC e Banco Mundial. Nesse contexto, a opção por seguros especiais voltados para os acionistas pode ajudar a assegurar a sobrevivência da empresa após a morte de sócios.
Desde a formação societária, especialistas recomendam formalizar um seguro de vida vinculado a cada sócio, tendo a empresa como beneficiária. Em caso de falecimento, essa apólice permite que a empresa pague os herdeiros pela cota do sócio sem a necessidade de recorrer ao caixa próprio, evitando a entrada de sócios indesejados ou conflitos na gestão.
Benefícios do seguro de vida empresarial
O especialista em gestão de risco e planejamento sucessório, Ícaro Rollemberg, enfatiza que os seguros, mesmo vinculados à vida da pessoa, podem ter a empresa como beneficiária. Essa indenização pode quitar a participação do sócio falecido ou suprir a perda de capital intelectual, beneficiando tanto a empresa quanto a família.
Além de evitar impactos financeiros e administrativos imediatos, o seguro proporciona liquidez sem depender de um inventário, processo que costuma ser lento e oneroso. A estrutura do seguro também contribui para a redução de litígios sucessórios, respeitando o direito dos sucessores à apuração de haveres e preservando o pacto societário.
Adaptação ao mercado e importância do planejamento sucessório
Com o cenário de pandemia evidenciando a importância do planejamento sucessório, empresários estão buscando cada vez mais proteção para seus negócios. Destaca-se que o custo de apólices estruturadas é acessível, especialmente se comparado ao impacto financeiro e emocional de uma sucessão mal conduzida. O seguro, que pode ser vitalício ou ajustável, oferece cobertura em vida, permitindo liberar o valor antecipadamente em casos como doença grave.
Conclusão: prevenir para garantir a longevidade do negócio
O seguro de vida empresarial não é apenas uma proteção, mas uma ferramenta de governança essencial para a continuidade da empresa. Ao prevenir conflitos sucessórios, proporcionar apoio financeiro imediato e profissionalizar a gestão, o seguro se destaca como uma estratégia vital para a longevidade do negócio. Afinal, é melhor prevenir do que remediar, como diz o ditado popular.
Fonte: G1 Economia
Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.
