Aumento no Número de Brasileiros que Vivem de Aluguel, Segundo IBGE
Nos últimos 8 anos, o número de brasileiros vivendo de aluguel aumentou consideravelmente, apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. Entre 2016 e 2024, houve um crescimento de 45,4% nesse cenário, passando de 12,3 milhões para 17,8 milhões de domicílios alugados.
Queda na Porcentagem de Brasileiros que Vivem em Casa Própria
Apesar da maioria dos brasileiros ainda habitar casas próprias, a pesquisa revelou uma redução nesse cenário. Em 2016, 73% da população vivia em domicílios próprios, contra 67,6% em 2024, representando uma queda de 5,2 pontos percentuais. Ao mesmo tempo, o número de pessoas pagando aluguel passou de 18,4% para 23%.
Tendência Nacional com Possíveis Motivações Culturais
A pesquisa do IBGE identificou que o aumento no número de aluguéis é uma tendência nacional, observada em diversas unidades da federação desde 2010. Embora os pesquisadores ainda não tenham explanado as motivações precisas por trás desse movimento, especula-se que mudanças culturais, como a popularização do Airbnb, possam estar influenciando essa mudança no cenário habitacional brasileiro.
Crescimento de Unidades Domésticas Unipessoais
Além do aumento no número de aluguéis, a PNAD também apontou um crescimento notável no percentual de unidades domésticas unipessoais no Brasil. Em 2024, 18,6% dos domicílios do país eram compostos por apenas um morador, representando um acréscimo de 6,4 pontos percentuais em relação a 2012, quando eram 12,2%.
Relação com Envelhecimento da População e Mudanças Comportamentais
Os analistas do IBGE apontam que o aumento no número de unidades domésticas unipessoais está em grande parte relacionado ao envelhecimento da população. Além disso, mudanças comportamentais e a opção cada vez mais comum de viver sozinho, especialmente entre mulheres, também contribuem para esse movimento.
Condição Econômica e Geográfica
Apesar do aumento no número de aluguéis, os pesquisadores destacam que não necessariamente reflete vulnerabilidade social, uma vez que a renda vem aumentando nos últimos anos. Curiosamente, os estados com maior percentual de imóveis alugados estão localizados na região mais rica do país, o Sudeste, o que indica que fatores culturais e econômicos podem estar influenciando essa mudança no mercado imobiliário brasileiro.
Fonte: InfoMoney
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