Vazamento de dados do Pix: BC revela que mais de 46 milhões de chaves foram comprometidas

Banco Central confirma vazamento de 46,8 milhões de chaves Pix

Na última sexta-feira (25), o Banco Central confirmou um vazamento envolvendo o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O incidente expôs 46.893.242 chaves Pix vinculadas a 11.003.398 pessoas físicas.

O acesso indevido ocorreu entre os dias 20 e 21 de julho de 2025, afetando informações cadastrais associadas às chaves Pix, como nome completo do usuário, CPF, instituição financeira de relacionamento, agência bancária, número e tipo da conta, situação da chave Pix, e data de criação e exclusão da chave.

Dados financeiros e senhas não foram comprometidos

Apesar do volume exposto, o Banco Central assegurou que senhas bancárias, saldos de conta, extratos, movimentações financeiras ou dados sigilosos não foram comprometidos. Os dados vazados não permitem realizar transações nem acessar diretamente as contas bancárias dos usuários afetados.

O impacto do vazamento é considerado baixo, já que os dados acessados eram apenas de natureza cadastral. No entanto, especialistas em segurança da informação alertam para possíveis tentativas de engenharia social e fraudes utilizando essas informações.

Sistema afetado é o Sisbajud, usado para bloquear bens judicialmente

O Sisbajud é um sistema eletrônico que substituiu o antigo BacenJud e facilita solicitações de bloqueios judiciais de valores de devedores por magistrados em todo o país. Apesar do incidente, o CNJ assegurou que a falha foi corrigida prontamente e novas medidas de segurança foram implementadas para evitar recorrências.

Um canal de consulta será disponibilizado no site do CNJ, permitindo que os cidadãos verifiquem se foram afetados. O órgão alerta que não fará contato por telefone, e-mail, mensagens de texto ou redes sociais, e orienta a acessar somente o site oficial para informações.

Impacto do vazamento é considerado de baixo risco, mas preocupa especialistas

O impacto do vazamento, apesar de considerado baixo pela autoridade monetária, desperta preocupações com possíveis golpes e fraudes utilizando os dados expostos. Especialistas recomendam atenção a tentativas de phishing e outras ações maliciosas que possam surgir a partir dessas informações.

Este não é o primeiro caso de exposição de dados envolvendo o Pix, tendo o Banco Central registrado casos pontuais anteriores sem comprometer senhas ou acesso indevido a contas bancárias. Medidas de segurança cibernética e proteção de dados são exigidas das instituições participantes do sistema Pix.

Medidas futuras e responsabilidade institucional

O incidente ressalta a importância da governança integrada na proteção de dados sensíveis dos cidadãos, envolvendo o setor público, o Banco Central e instituições financeiras. O Banco Central continuará monitorando a situação e destaca o compromisso com a transparência e confiança dos usuários no sistema financeiro.

Com o vazamento de 46,8 milhões de chaves Pix pelo Sisbajud, o incidente se destaca como um dos maiores registrados em volume de dados no Brasil. Contadores, empresários e profissionais financeiros devem alertar sobre os riscos de golpes, enquanto os usuários aguardam a abertura do canal oficial do CNJ para verificação de possível afetação.

Fonte: Agência Brasil

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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