BC revela: Caída de 31% no déficit das contas externas em um ano; descubra os fatores contribuintes

Déficit das contas externas brasileiras tem queda de 31% em 12 meses, aponta BC

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, as contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 5,1 bilhões em outubro, valor menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, que foi de US$ 7,4 bilhões.

O saldo negativo das transações correntes nos últimos 12 meses alcançou US$ 76,7 bilhões, representando 3,48% do PIB, o que indica uma leve redução em comparação a setembro.

Superávit comercial impulsiona resultado

O desempenho mais robusto da balança comercial foi o principal fator que evitou um déficit ainda maior nas contas externas. O saldo comercial ficou superavitário em US$ 6,2 bilhões em outubro, quase o dobro do valor registrado no mesmo período do ano passado.

As exportações cresceram 8,9% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 32,1 bilhões, enquanto as importações apresentaram queda de 1,3%, somando US$ 25,9 bilhões.

Conta de serviços permanece deficitária

Apesar de algumas melhorias, a conta de serviços permaneceu deficitária em US$ 4,4 bilhões. O setor de transporte teve uma redução de 18,5% no déficit, chegando a US$1,3 bilhão, porém, outros segmentos como viagens internacionais, serviços de propriedade intelectual e telecomunicações apresentaram aumentos significativos nos déficits.

Pagamentos de juros e remessas de lucros pesam nas contas externas

A conta de renda primária, que inclui o pagamento de juros da dívida externa e remessas de lucros e dividendos, teve um impacto negativo expressivo. O déficit nesse setor atingiu US$ 7,4 bilhões em outubro, com um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado principalmente pelo aumento dos juros pagos ao exterior.

Investimento estrangeiro direto continua em alta

Os investimentos diretos no país totalizaram US$ 10,9 bilhões em outubro, um valor superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. O IDP acumulado nos últimos 12 meses alcançou US$ 80,1 bilhões, representando 3,63% do PIB.

Reservas internacionais crescem, chegando a US$ 357,1 bilhões

As reservas internacionais do Brasil encerraram o mês de outubro em US$ 357,1 bilhões, com um aumento de US$ 521 milhões em relação ao mês anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas receitas de juros e ganhos de preços.

O Banco Central também anunciou uma revisão metodológica que separa os tipos de criptoativos nas estatísticas, distinguindo os ativos sem emissor, como Bitcoin, dos ativos com emissor, como stablecoins. Essa mudança segue as diretrizes do Fundo Monetário Internacional.

Fonte original: Estadão

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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