Brasil: potencial para dobrar renda dos mais pobres ao crescer na média dos emergentes

Crescimento econômico poderia dobrar renda dos 20% mais pobres no Brasil

Um estudo realizado por Daniel Duque, gerente da Inteligência Técnica do Centro de Liderança Pública (CLP), apontou que a renda dos 20% mais pobres do Brasil poderia dobrar caso o país crescesse na média dos países emergentes. Isso representaria um aumento de R$ 275 para R$ 607 na renda desses brasileiros.

O Brasil conseguiu reduzir a pobreza nas últimas décadas, porém, foi necessário elevar a carga tributária para financiar as políticas de proteção social, o que acaba por travar o desenvolvimento econômico e a inovação.

Renda aumentaria com crescimento de 10 pontos do PIB

O impacto do crescimento econômico de 10 pontos do Produto Interno Bruto (PIB), aliado às políticas públicas, poderia ter um impacto significativo na renda dos mais pobres. Nos últimos trinta anos, o país ficou atrás em relação ao desenvolvimento econômico, em parte devido ao aumento da carga tributária.

Durante o mesmo período, a pobreza extrema no Brasil diminuiu de níveis próximos a 30% para menos de 5%, enquanto a pobreza intermediária caiu de mais de 40% para cerca de 7%.

Crescimento econômico x distribuição de renda

O estudo aponta que o crescimento econômico é mais favorável para o aumento da renda dos mais pobres. Nas simulações realizadas por Daniel Duque, a renda dos 20% mais pobres poderia chegar a R$ 355 se o Brasil crescesse na média mundial e a R$ 607 se crescesse na média dos países emergentes.

Comparando com a distribuição de renda, se o Brasil tivesse uma distribuição semelhante à de países de renda média-alta, a renda dos mais pobres poderia chegar a R$ 436.

Crescimento sustentável e proteção social

Para alcançar um crescimento sustentável e melhorar a proteção social, o Brasil precisa adotar uma estratégia que equilibre a carga tributária, simplifique o sistema e aumente a produtividade. Isso envolve desafios estruturais, como revisão de gastos obrigatórios e privatizações para reduzir a dívida e os juros.

Além disso, é importante focar na estabilidade das receitas sem aumento da carga tributária, consolidar a Reforma Tributária, abrir mercados, reduzir barreiras de entrada e investir em educação e saneamento básico. A avaliação contínua dos programas de transferência de renda também é essencial.

Portanto, o crescimento econômico contínuo é fundamental para elevar o padrão de vida dos mais pobres e promover maior prosperidade para toda a população brasileira.

Fonte: Valor Econômico

Publicado por Redação AmdJus, com base em fontes públicas. Saiba mais sobre nossa linha editorial.

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